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Brasil irá cobrar milhões aos EUA

A Organização Mundial do Comércio (OMS) autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos por transferência de subsídios aos produtores americanos de algodão.

A Organização Mundial do Comércio (OMS) autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos por transferência de subsídios aos produtores americanos de algodão. O valor da sanção pode atingir US$ 800 milhões, a segunda maior já concedida pela OMS. O governo brasileiro ainda não decidiu se aplicará a sanção, mas estuda formas de executá-la.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, se comprometeu a levar propostas à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a fim de que a retaliação ocorra efetivamente. A ideia do ministro é rever para cima as alíquotas do Imposto de Importação de matérias-primas e insumos produzidos nos EUA que não sejam de uso intensivo na indústria brasileira. Toda a receita adicional dessa arrecadação seria destinada a ampliar a competitividade do algodão brasileiro no exterior.
Apesar dessa primeira proposta, o Itamaraty informou que o governo brasileiro estuda a decisão da OMS e ainda fará uma avaliação se a retaliação será aplicada. Isso porque o governo brasileiro pode usar essa vitória como uma carta na manga em negociações diversas com os americanos. “Esperamos que os EUA cumpram a resolução e baixem os valores dos subisídios”, disse o subsecretário de Assuntos Econômicos, Pedro Carneiro Mendonça.
Insatisfação
Os produtores brasileiros de algodão manifestaram contrariedade com a possibilidade de o governo brasileiro não usar do direito de retaliar os EUA. Para os cotonicultores brasileiros, se a sanção for aplicada o apoio financeiro do governo americano aos produtores de algodão diminuirá ou acabará, fazendo com que a cotação internacional do algodão suba. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Rodrigues da Cunha, essa valorização pode chegar a 20%. “Por causa dos EUA, o preço do algodão está defasado. Queremos que essa retaliação seja aplicada”, afirmou Haroldo.
O Escritório do Representante de comércio dos Estados Unidos divulgou comunicado dizendo que, embora esteja desapontado com o resultado da controvérsia, está satisfeito pelo valor ter ficado abaixo da compensação de US$ 4 bilhões que o Brasil havia pedido no início do processo, em 2002.

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