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PT protocola pedido de investigação no TCE contra Yeda

O PT protocolou ontem, no TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado), um pedido de investigação sobre a evolução patrimonial da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). O alvo da oposição é uma casa comprada pela tucana em um bairro nobre de Porto Alegre, em dezembro de 2006, dias antes de ser empossada.

O PT protocolou ontem, no TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado), um pedido de investigação sobre a evolução patrimonial da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

O alvo da oposição é uma casa comprada pela tucana em um bairro nobre de Porto Alegre, em dezembro de 2006, dias antes de ser empossada. O imóvel, onde Yeda vive hoje, foi comprado por R$ 750 mil, valor superior ao patrimônio de R$ 674 mil, declarado por ela e pelo marido, Carlos Crusius, em maio de 2006.

Conforme a certidão registrada em cartório, a governadora pagou R$ 550 mil no ato da compra e se comprometeu a pagar R$ 200 mil depois que o antigo proprietário quitasse dívidas judiciais.

A governadora afirma que comprou a casa com o dinheiro da venda de dois apartamentos –em Brasília e em Capão da Canoa (litoral do RS)– e um automóvel VW Passat 1998.

Segundo a oposição, a conta não fecha. Na representação, assinada pelos dez deputados do partido, o PT diz que os apartamentos que Yeda vendeu teriam sido superestimados. O de Brasília, que teria sido vendido por R$ 280 mil, ainda tinha saldo devedor, enquanto o de Capão da Canoa (R$ 140 mil) era objeto de penhora e, portanto, não poderia ter sido negociado, afirma o PT.

A representação também levanta dúvidas sobre a compra da casa. Com quatro pavimentos e 467 m¦ de área construída, o imóvel teria sido comprado por valores abaixo aos de mercado. Antes do negócio ser fechado com Yeda, a casa foi anunciada a R$ 1,2 milhão.

O procurador-geral do Ministério Público do TCE, Geraldo Da Camino, diz que deverá anunciar na segunda-feira se abrirá ou não investigação sobre o patrimônio da governadora. Um pedido similar já havia sido protocolado no mês passado pelo PSOL.

Embora Yeda tenha foro privilegiado, afirma, o Rio Grande do Sul tem uma lei que permite ao TCE “exigir, a qualquer tempo, que o agente público informe sobre a origem, a comprovação da legitimidade e a natureza de seus bens’.

A representação também abrange ex-secretários da governadora que não foram foram responsabilizados no relatório final da CPI da Assembléia Legislativa sobre o desvio de R$ 44 milhões no Detran-RS (Departamento Estadual de Trânsito).

O governo gaúcho classificou a manobra da oposição como “meramente política”. “Como diz o ex-governador Olívio Dutra (PT), citado no relatório paralelo da CPI dos Cartões, relatório paralelo não tem validade, vale o que a Assembléia aprovou”, diz o porta-voz do governo, Paulo Fona.

Poupada pela CPI, Yeda Crusius ganha tempo adiando mudanças no primeiro escalão. O anúncio de uma recomposição do governo, abrindo mais espaço para seus aliados PMDB e PP, previsto para segunda-feira, deverá ser feito na semana que vem. Ontem, a tucana disse que vai criar uma estrutura para aumentar o controle sobre gastos do governo.

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