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Policiais pedem hora extra para enfrentar violência

Policiais militares que estão atuando no plano de enfrentamento a criminalidade na Grande Vitória estão cansados e insatisfeitos com o volume de trabalho a que estão sendo submetidos diariamente.

Policiais militares que estão atuando no plano de enfrentamento a criminalidade na Grande Vitória estão cansados e insatisfeitos com o volume de trabalho a que estão sendo submetidos diariamente. A carga de trabalho, destaca a Associação dos Cabos e Soldados, passou a ser excessiva com a ocupação policial em vários bairros dos quatro municípios com maior contingente populacional da Região Metropolitana.
Os policiais, destaca o presidente da Associação, soldado Marcos Caetano, exigem o pagamento adicional de horas extras. Em alguns casos, salienta, os policiais chegam a trabalhar 20 horas a mais do que o previsto para a semana sem receber pelas horas trabalhadas. Hoje, a jornada de trabalho dos PMs é de 40h/semana. O fato é registrado também em casos de PMs que não atuam em Morros e bairros do mapa do crime, mas ficam em delegacias à espera de liberação após um flagrante, ou tem de ir a fóruns, por exemplo.
“Hoje, por exemplo, não existe uma escala definida. A carga horária é absurda. Às vezes quase o dobro do que costumamos trabalhar. Não concordamos com isso. O que o policial trabalha de excesso não é computado e temos que resolver isso”.
Se com a presença policial nas ruas – em alguns bairros com atuação ostensiva, é difícil coibir a ação de criminosos e evitar roubos, assaltos ou homicídios, imagine como será, caso a ameaça de paralisar as atividades feita pelos cabos e soldados, de fato, seja posta em prática. O presidente da Associação de Cabos e Soldados afirmou que se o governo não atender às reivindicações ou apresentar mudanças, existe a possibilidade da categoria paralisar as atividades.
“O nosso propósito não é deixar de trabalhar, mas não descartamos hipótese nenhuma, nem mesmo a de uma paralisação. Os policiais do Espírito Santo já estão em alerta”.
Integrantes da Associação querem uma audiência urgente nesta terça-feira (18) com o vice-governador Ricardo Ferraço para que possam apresentar as reivindicações dos PMs ao governo.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou, por meio de nota, que só vai se pronunciar sobre o caso nesta quarta-feira (19), dia em que será anunciado um pacote de ações e mudanças na Polícia Militar, inclusive na escala de trabalho da corporação.
Plano de Enfrentamento à Criminalidade
Desde a terça-feira (4), a Polícia Militar ocupa bairros de Vila Velha e Vitória e intensificou os trabalhos ostensivos em algumas localidades de Cariacica e Serra. A ação faz parte do plano de enfrentamento da violência, desencadeado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Inicialmente, essas ocupações seguiriam até o dia 15 desse mês. A polícia, no entanto, afirma que a atuação é por tempo indeterminado.
Até o dia 10 desse mês, quinze criminosos haviam sido presos e apreendidos armas, drogas, um colete a prova de balas e uma touca ninja, de acordo com balanço parcial divulgado pela Polícia Militar após seis dias de ocupação e trabalho ostensivo nos morros do Jaburu, São Benedito, Penha e Floresta, em Vitória, no combate à guerra entre quadrilhas rivais pelo controle do tráfico de drogas.
Domingo sem ocorrências em bairros que integram o Plano
Com o trabalho policial ostensivo, até o final da tarde deste domingo, nenhuma ocorrência havia sido registrada nos bairros que integram o plano de enfrentamento: 1º de Maio, Ilha da Conceição, Santa Rita, Alecrim, em Vila Velha;  morros da Penha, do Jaburu e São Benedito, em Vitória; Nova Rosa da Penha e Castelo Branco, Padre Gabriel, em Cariacica, Feu Rosa e Vila Nova de Colares.
Abordagens
Para garantir que nenhum suspeito circule livre pelas ruas desses bairros, a Polícia Militar intensificou também as abordagens. Em alguns morros da Capital, pessoas são encostadas nas paredes e são submetidas a revistas minuciosas, tudo para que não fiquem na região postando armas ou entorpecentes. Todos os suspeitos flagrados com este tipo de material, é detido e levado a um Departamento de Polícia Judiciária (DPJ).

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