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MPF/PA denuncia fazendeiro que escravizou e torturou com ferro quente

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) denunciou na última sexta-feira, o fazendeiro que marcou com ferro quente um trabalhador que reclamou das más condições de alimentação e de atraso no pagamento de salários.

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) denunciou na última sexta-feira, 4 de abril, o fazendeiro que marcou com ferro quente um trabalhador que reclamou das más condições de alimentação e de atraso no pagamento de salários.

Juntamente com dois funcionários da fazenda Bom Sucesso, de Paragominas (sudeste do Estado), o pecuarista Gilberto Andrade foi acusado pelo MPF/PA de tortura, redução à condição análoga à de escravo, desrespeito aos direitos trabalhistas e aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional.

A vítima, C. G. S. (o nome não foi divulgado para evitar retaliações), começou a trabalhar na fazenda em setembro de 2007, como cozinheiro. O salário prometido era de R$ 380, sem registro em carteira, mas ele acabou recebendo apenas R$ 140 por mês.

Em 24 de janeiro, C. G. S. fez reclamações ao patrão sobre atrasos no pagamento e falta de alimentos. Em resposta, Gilberto Andrade determinou que os administradores da fazenda Fernando da Silva Teles e Antônio Alves do Carmo segurassem o trabalhador pelos braços. Em seguida, o fazendeiro machucou os braços, o rosto e a barriga de C. G. S. com um ferro quente, de marcar boi.

Em vistoria ao local, fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego verificaram que 38 empregados – alguns menores de idade – viviam em situação precária, sem condições mínimas de higiene e de segurança e em total desrespeito a seus direitos trabalhistas.

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