Um anúncio nos classificados do jornal de maior circulação no DF atraía as vítimas. “Valéria” era o pseudônimo utilizado para identificar o acompanhante. Na hora do encontro, não era nada disso: ela era ele, ou melhor, eles. Estava armado o bote. A vítima era roubada assim que chegava ao local indicado. A 1ª Turma Criminal do TJDFT analisou os recursos de William Freitas, Jorge Filho, Glauciney Hauradou e Mauro da Silva, mantendo a condenação de todos em cinco anos e quatro meses pelo crime. Por unanimidade, os Desembargadores negaram provimento aos recursos.
A condenação é resultado de pelo menos um caso de assalto simulado de encontro sexual, mas nem a polícia nem a justiça descartam a possibilidade de o fato ter ocorrido outras vezes. Nesse caso, os fatos ocorreram em janeiro de 2005, na 110 Norte.
De acordo com informações dos autos, a vítima se dirigiu ao local indicado no anúncio, disse ao porteiro que iria falar com a “Valéria” e subiu. Ao perceber que a pessoa que atendeu a porta era um travesti, tentou disfarçar falando ao telefone, mas foi imobilizado pelos comparsas. Foram roubados R$ 150,00 da vítima.
O depoimento de uma das pessoas que prestava serviço no prédio foi fundamental para a condenação. Segundo a testemunha, outras vítimas se dirigiam para o mesmo apartamento e, ao saírem, narravam o roubo. Só não contavam nada à polícia.