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Relatório mostra violência policial em favela de São Paulo

Um relatório preliminar do Movimento Nacional de Direitos Humanos feito depois de uma visita na Favela do Mangue, no bairro paulistano de Sapopemba, mostra as faces da violência policial de que freqüentemente são vítimas os moradores de favelas.

Um relatório preliminar do Movimento Nacional de Direitos Humanos feito depois de uma visita na Favela do Mangue, no bairro paulistano de Sapopemba, mostra as faces da violência policial de que freqüentemente são vítimas os moradores de favelas.

A visita ao local foi feita no domingo (18/7) para apurar o assassinato de uma adolescente de 13 anos, quando voltava de um baile em companhia de uma amiga. Foram ouvidos relatos de testemunhas da execução e outros moradores da favela.

Os moradores afirmam que a adolescente foi morta por policiais militares. E relatam que os dois homens que a abordaram trajavam calças cinzas, coturnos e blusas. Depois do assassinato, oito homens, cinco deles fardados, teriam fugido da favela.

Eles teriam entrado no local com um veículo Parati da Polícia Militar e um Fiat Pálio comum. Testemunhas afirmam que, durante a fuga, um dos homens disse aos outros: “Corram que acabei de apagar uma”. E todos teriam dado risadas.

Além do assassinato da adolescente, todos os moradores afirmaram que os casos de violência policial são comuns. Uma mulher disse que, semanalmente, policiais invadem casas, ameaçam de morte, ofendem e batem nas pessoas, principalmente nas crianças e jovens. Ela garantiu que duas semanas antes da visita, policiais entraram em seu barraco de levaram o dinheiro que tinha para passar o mês.

Outros adolescentes reclamaram da violência e mostraram hematomas que teriam sido causados por surras de PMs. Entre os relatos, há o de um homem que afirma que seu filho foi levado por policiais e nunca mais foi visto.

Ainda segundo os moradores, é comum observarem policias trocarem de roupa num terreno nas proximidades, antes de entrarem na favela. Os nomes do relatório — encaminhado à Ouvidoria de Polícia e ao Ministério Público de São Paulo — foram omitidos para garantir a integridade das testemunhas.

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