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Médicos suspeitos de abuso sexual

Os relatos da vítima e de familiares dela foram suficientes para que o profissional fosse indiciado

Por trás de um jaleco branco e da prerrogativa de terem contato com mulheres, alguns médicos do Distrito Federal estariam abusando sexualmente de pacientes durante consultas. Pelo menos cinco profissionais são investigados pela Polícia Civil suspeitos desse tipo de conduta. Quatro integram o quadro de servidores da Secretaria de Saúde do DF. Os crimes teriam ocorrido no Gama, em Taguatinga e no Paranoá. Em um dos casos, um clínico-geral atendeu uma jovem na especialidade de ginecologista e praticou o abuso em uma clínica particular. Ele é servidor do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e foi indiciado em abril. Os outros episódios seguem em apuração e envolvem três ginecologistas e um oftalmologista.

Casado e pai de dois filhos, o clínico-geral denunciado pela polícia tem 54 anos e teria se oferecido para realizar um exame ginecológico em uma jovem, à época com 20 anos. A paciente aceitou a proposta. A consulta ocorreu em uma clínica em Taguatinga Norte, em 17 de abril. “Achei estranho quando ele se ofereceu para me atender, mas imaginei que fosse profissional. Ao longo da consulta, ele teve um comportamento diferente”, contou a jovem, que preferiu não se identificar (Leia Depoimento). Para evitar que o médico fizesse novas vítimas, ela decidiu contar sua história. “Quero que essa denúncia vá em frente, para que ele pague pelo que fez comigo e pense duas vezes antes de fazer isso com outra pessoa.”

Em 23 de abril, o clínico-geral foi entrevistado por agentes da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). No Termo de Declarações, ele admite que, no ano passado, mesmo não sendo sua especialidade, prestou atendimento ginecológico à paciente. Trinta e sete dia depois, ele foi interrogado e, na companhia do advogado, negou ter realizado o exame na jovem, mas informou que atendeu a garota como clínico-geral pela primeira vez em 2005.

Os relatos da vítima e de familiares dela foram suficientes para que o profissional fosse indiciado por abuso sexual. “Ele mesmo (o médico), na primeira entrevista aqui na delegacia, confirmou que atendeu a garota como ginecologista. E ele aproveitou essa consulta para praticar a posse sexual mediante fraude”, afirma o delegado Raimundo Vanderly, chefe da 17ª DP.

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