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Justiça ouve depoimento de Bruno Kligierman

O juiz Fábio Uchoa, do I Tribunal do Júri da Capital, ouviu nesta quinta-feira, dia 4, Bruno Kligierman Melo, acusado de matar por estrangulamento Bárbara Chamun Calazans Laino, em 24 de outubro do ano passado

 

O juiz Fábio Uchoa, do I Tribunal do Júri da Capital, ouviu nesta quinta-feira, dia 4, Bruno Kligierman Melo, acusado de matar por estrangulamento Bárbara Chamun Calazans Laino, em 24 de outubro do ano passado, em seu apartamento no Catete. A primeira Audiência de Instrução e Julgamento foi realizada no dia 21 de janeiro e teve continuidade ontem, dia 4, com o depoimento de quatro testemunhas de defesa e duas de acusação. A AIJ foi aberta às 17h40 e terminou às 19h35.

O acusado começou o seu depoimento, quase no início da noite, pedindo perdão a Deus e às famílias envolvidas. Disse não se lembrar de ter matado Bárbara e que ela não era sua namorada, e sim, uma amiga. Bruno contou apenas que acordou no dia seguinte e encontrou Bárbara morta no chão do seu apartamento. Ele cobriu a vítima com um lençol e telefonou para o seu pai. Depois, afirmou que foi o seu pai quem tinha dito que ele teria feito isto, não se recordando. Lembrou que bebeu no dia anterior ao crime, com um amigo chamado Pablo e que havia tomado os remédios habituais antes de ir ao seu encontro. Bruno disse ainda que não se lembrava de ter ido à casa da avó pedir dinheiro para um teste de figurante e que, na ocasião, antes da recaída, estava “limpo”, em recuperação, freqüentando os Narcóticos Anônimos.

O réu falou também que estava sofrendo muito pela perda de uma amiga e pagando por um crime que não se recordava, e que a vítima e a mãe dela o estavam ajudando muito a sair das drogas. Contou que não tinha fixação pela Bárbara, conforme estavam comentando, pois ele era apaixonado por Priscila, sua ex-namorada, e a vítima pelo ex-namorado Johnny. Mas que havia comentado com os amigos sobre a possibilidade de namorar Bárbara tendo ‘ficado’ com ela poucas vezes. Reconheceu ser viciado em drogas e ter problemas psiquiátricos, mas não falhas de caráter e que vê ‘coisas do além’ e que todo drogado é manipulador para conseguir as drogas. Disse que não se lembra do que fez, mas sabe que está errado, achando isto bom, porque não tem imagens, pois, se as tivesse, tentaria novamente se matar. O réu alegou ainda que, em nenhum momento, optou e desejou cometer a violência contra a Bárbara, que era ‘uma pessoa muito legal, fora de série, que gostava de animais e ajudava as pessoas’. Bruno completou o seu depoimento dizendo que não tinha nada contra as testemunhas ouvidas no processo.

Testemunhas ouvidas

Na AIJ de hoje foram ouvidas duas testemunhas de acusação e quatro de defesa. A primeira delas foi a menor FBS, amiga da vítima e do réu, que disse que sabia que ele era viciado em crack e que queria namorar Bárbara, tendo fixação por ela. Afirmou também que o acusado fazia uso de diversas drogas. A testemunha contou também que conhecia Bruno há uns três anos e freqüentava o seu apartamento.
A segunda testemunha de acusação a ser ouvida foi André Trajaner Falano Gouveia que também se considerava amigo da vítima e do acusado. Conhecia Bruno há seis anos, inclusive sua avó e pai. Conheceu Bárbara através de sua namorada Roberta e tinha conhecimento de que o réu era viciado em crack, tentando, inclusive, ajudá-lo a sair das drogas. Disse que o acusado tinha um bom comportamento com as pessoas, mas que já presenciou episódios de violência causados por Bruno, a quem considerava persuasivo e manipulador. André contou ainda que esteve com a vítima e o réu um dia antes do crime.

Após a acusação, vieram os depoimentos de defesa. Pablo Carbolli do Couto, amigo há 15 anos do acusado, disse ter bebido cerveja com ele na véspera do crime, tendo Bruno saído de sua casa em Copacabana, por volta das 5h da manhã, e  que o réu falava muito bem da vítima. Ana Lucia Proa Melo, jornalista e tia do réu, confirmou as suas várias internações por ser usuário de drogas e por problemas psiquiátricos, tendo ele começado a usá-las com 15 anos, mas que o crack veio mais tarde. Aline de Santana Silva, amiga da época do segundo grau, que conhece Bruno há 12 anos e sabia dos seus vícios, declarou que não conhecia a vítima. Maria Guilhermina Nunes Proa Mel, avó do rapaz acusado, negou ter sofrido violência por parte do neto, mas contou que sabia que ele era viciado em drogas e que pedia dinheiro às vezes para comprá-las. Confirmou que, no dia do crime, ele esteve em sua casa, por volta das 7h, quando lhe pediu R$ 20 ou R$ 30.

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