O professor de Educação Física Paulo César Timponi, 49 anos, teve um pedido de hábeas corpus novamente negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). Desembargadores da 1ª Turma Criminal analisaram, nesta quinta-feira, o mérito da última solicitação de liberdade feita pelos advogados de Timponi, e decidiram-se por manter a prisão do acusado. Paulo César Timponi foi denunciado como responsável pela morte de três mulheres em acidente de carro na Ponte JK, no final de setembro.
No dia 22 de outubro, a juíza da 1ª Turma, Sandra de Santis, já havia indeferido o segundo pedido de hábeas corpus do professor de Educação Física. Faltava, no entanto, que os três desembargadores se pronunciassem, o que aconteceu ontem. Sandra é a mesma juíza que concedeu o primeiro habeas corpus pedido pela defesa de Timponi, poucos dias após ele ser preso. Na ocasião, ela alegou que a prisão havia sido pedida apenas pela polícia, sem a manifestação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Depoimentos
Nesta manhã, começaram a ser ouvidas no TJDFT sete testemunhas de acusação do caso; duas delas são os maridos das vítimas do acidente: Cássio Resende de Assis Brito – que era casado com Cyntia dos Santos Cysneiros, 34 – e Luis Cláudio – casado com Antônia Vasconcelos, 49. . Além delas, segundo o TJ, será ouvida uma pessoa no papel de informante.
As testemunhas de defesa de Paulo César Timponi prestarão depoimento no dia 20 de novembro. Já as do músico Marcello Costa Sales, 23 anos, o outro acusado de envolvimento no acidente, serão ouvidas no dia 21 de novembro.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Marcelo – que dirigia uma S10 no dia do acidente – e Timponi – que conduzia um Golf – estariam tirando um ‘racha’ na Ponte JK no último dia 30 de setembro. Timponi atingiu o Corolla conduzido por Luiz Cláudio Vasconcelos, 49 anos, que trafegava normalmente pela ponte. Antônia Vasconcelos, 49 anos, esposa de Luiz Cláudio; a irmã dela, Altair Barreto, 53; e a decoradora Cyntia dos Santos Cysneiros, 34, amiga da família, foram lançadas para fora do carro e morreram. Luiz Cláudio não sofreu ferimentos. Paulo César Timponi estaria em alta velocidade e teria, ainda, bebido e ingerido drogas.
