A Promotoria indonésia pediu hoje dez anos de prisão para o ex-ministro de Assuntos Religiosos Said Agil Husin Munawar, acusado de má administração de verbas destinadas à peregrinação anual de milhares de muçulmanos indonésios a Meca.
Munawar, ministro durante a Presidência de Megawati Sukarnoputri, é acusado do uso indevido de quase US$ 70 milhões pertencentes aos peregrinos.
Cerca de 200 mil indonésios viajam todo ano à cidade santa muçulmana, e mais de 90% deles organizam sua estada e sua viagem através do Ministério de Assuntos Religiosos.
O Ministério é considerado um dos mais corruptos do país junto com o da Justiça, que abriga a Direção Geral de Imigração.
O julgamento de Munawar é visto como um teste para o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, que transformou a luta anticorrupção em uma das prioridades de seu Governo.
Apesar das declarações presidenciais e dos últimos julgamentos por corrupção contra altos funcionários, a população local diz que quase nada mudou neste aspecto.
A Indonésia está entre o grupo de países mais corruptos do mundo da organização Transparência Internacional.