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Justiça condena dois integrantes do PCC por formação de quadrilha

Fazer parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) rendeu ontem a primeira condenação judicial por formação de quadrilha. E, surpreendentemente, os primeiros condenados não fazem parte da liderança da facção criminosa.

Fazer parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) rendeu ontem a primeira condenação judicial por formação de quadrilha. E, surpreendentemente, os primeiros condenados não fazem parte da liderança da facção criminosa.

Os dois réus exerciam funções coadjuvantes no PCC. Mas a decisão, apesar de não envolver líderes, representa um golpe contra a facção, segundo o Ministério Público. “Em sentença, é a primeira vez que o PCC é reconhecido como organização criminosa, o que aumenta a chance de os outros membros também serem condenados”, afirma o promotor Márcio Christino, que fez a denúncia à Justiça em 2003.

Ontem, o juiz da 14ª Vara Criminal de São Paulo, Pedro Luiz Aguirre Menin, condenou Rosângela Aparecida Legramandi Peres, a Fia, Rogério Jeremias de Simone, o Gege do Mangue. Com pena de cinco anos por formação de quadrilha e porte de munição proibida, Fia trabalharia na contabilidade do PCC. Gege do Mangue era piloto –controlava uma unidade prisional– e recebeu pena de três anos e seis meses por formação da quadrilha.

Fia e Gege do Mangue eram figuras desconhecidas até o episódio no qual foi apreendido um bilhete na Penitenciária 1 de Avaré. Ele seria destinado a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal líder do PCC, e informava o assassinato, em uma emboscada, do juiz de Presidente Prudente Antonio José Machado três dias após o crime, ocorrido no dia 14 de março de 2003.

O bilhete seria de Gege do Mangue e afirmava que Fia pedira para avisar Marcola sobre a morte.

O bilhete não provou envolvimento do PCC na morte, mas reforçou a ligação dos dois com a facção. Depoimentos de mulheres de líderes do PCC à Justiça também comprometeram Fia.

De 30 a 40 membros do PCC foram indiciados por formação de quadrilha. A sentença de Fia e Gege do Mangue foi mais rápida, segundo a Promotoria, porque o processo não exigia degravação de escutas telefônicas.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos dois condenados. Na Justiça, eles negaram ligação com o PCC. Fia disse que encontrou a munição em um ônibus que fretava para transportar familiares de presos.

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