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Juiz mantém prisão de quatro suspeitos dos atentados de Madri

O juiz da Audiência Nacional Juan del Olmo manteve hoje a prisão de um espanhol e três marroquinos detidos na quinta-feira da semana passada, dentro das investigações sobre os atentados de 11 de março em Madri, informaram fontes judiciais.

O juiz da Audiência Nacional Juan del Olmo manteve hoje a prisão de um espanhol e três marroquinos detidos na quinta-feira da semana passada, dentro das investigações sobre os atentados de 11 de março em Madri, informaram fontes judiciais.

Um quarto marroquino detido com o grupo foi inocentado.

O juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, decretou a prisão “incondicional” do espanhol José Emilio Suárez Trashorras e dos marroquinos Abderrahim Zbakh, Mohamed El Hadi Chedadi e Abdeloahid Berrak.

O quarto marroquino, identificado por Farid Ulad Ali, de 34 anos, foi solto e não responderá a qualquer processo, porque “não há elementos contra ele”.

José Emilio Suárez Trashorras foi acusado de co-autoria no assassinato de 190 pessoas e na tentativa de assassinato de 1.430 pessoas, além de roubo de explosivos e co-autoria na destruição de quatro trens.

O espanhol, antigo mineiro da região das Astúrias (norte), admitiu a participação no roubo de explosivos e sua entrega aos marroquinos, mas rejeitou qualquer conhecimento prévio dos atentados.

Segundo a polícia, Suárez Trashorras foi quem forneceu ou ajudou a conseguir os 100 quilos de explosivos Goma 2 eco utilizados pelos terroristas nas 13 mochilas-bomba colocadas nos quatro trens da morte na manhã do dia 11 de março.

Abderrahim Zbakh, 34, foi acusado de co-autoria nos mesmos assassinatos e tentativas de assassinatos, além da destruição dos trens. O marroquino chorou ao ouvir a decisão do juiz, destacou a fonte.

Mohamed El Hadi Chedadi, 38, e Abdeloahid Berrak, 33, foram acusados de formação de quadrilha e colaboração com organização terrorista.

Abdeloahid Berrak afirmou ao juiz que era sócio de Jamal Zugam em uma barbearia e que conhecia Imad Eddin Barakat Yarkas (“Abu Dahdah”), que viviam no mesmo bairro de Lavapiés, em Madri.

Zugam é o principal suspeito dos atentados de Madri e “Abu Dahdah”, preso desde novembro de 2001, é o suposto líder da rede terrorista Al-Qaeda na Espanha.

Mohamed Chedadi disse ao juiz que dormia quando ocorreram os atentados e que via desenhos animados na TV com seu filho quando teve conhecimento do ataque.

O juiz Olmo determinou que os quatro presos deverão ficar incomunicáveis por um período de cinco dias.

A prisão decretada hoje permite a detenção dos quatro suspeitos por um período de até dois anos, renovável por mais dois anos.

Na sexta-feira, o juiz já havia decretado a prisão de outros cinco suspeitos, todos detidos em 13 de março. O grupo era integrado por Zugam, apontado como um dos autores dos atentados, e seus compatriotas marroquinos Mohamed Bekkali e Mohamed Chaui, além dos indianos Vinay Kohly e Surech Kumar.

Os três marroquinos vão responder às acusações de participação em organização terrorista e co-autoria em 190 assassinatos, entre outros crimes.

Os dois indianos serão acusados de colaborar com terroristas e falsificar documentos.

Outros quatro suspeitos foram detidos no final de semana passado na região de Madri, mas até o momento não há informações sobre sua identidade ou nacionalidade. Este grupo permanece preso na sede dos serviços antiterroristas da polícia e deverá ser apresentado à justiça nos próximos dois dias, segundo uma fonte judicial.

Segundo o jornal “El País”, um dos quatro detidos no final de semana é o marroquino Khalid Ulad Akcha, que já cumpre pena de quatro anos na prisão de Topas, na região de Salamanca (oeste), por lesões corporais.

Na verdade, Khalid Ulad Akcha só foi transferido da prisão para ser interrogado em Madri.

Khalid Ulad Akcha é irmão de Farid Ulad Ali, detido na quinta-feira passada e libertado hoje pelo juiz Juan del Olmo, por falta de provas.

O jornal “El Mundo” informou hoje que a polícia espanhola suspeita que vários autores dos atentados de 11 de março já fugiram do país.

Uma lista de suspeitos foi entregue ontem aos serviços secretos de Alemanha, França, Itália e Reino Unido, que enviaram representantes a Madri, destaca o jornal.

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