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AfroReggae: PMs negam crimes durante interrogatório

A juíza Ana Paula Barros, da Auditoria da Justiça Militar, ouviu na tarde desta terça-feira, dia 24, os policiais militares envolvidos na morte de Evandro João da Silva, coordenador do grupo AfroReggae, ocorrida em 18 de outubro.

 
 A juíza Ana Paula Barros, da Auditoria da Justiça Militar, ouviu na tarde desta terça-feira, dia 24, os policiais militares envolvidos na morte de Evandro João da Silva, coordenador do grupo AfroReggae, ocorrida em 18 de outubro.
 Durante o interrogatório, que durou cerca de três horas, o capitão da PM Dennys Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Sales negaram as acusações de crime de furto, prevaricação e falsidade constantes na denúncia formulada pelo Ministério Público estadual.
 Eles afirmaram em juízo que, no dia em que Evandro foi morto, participavam de uma supervisão policial e se dirigiam até o trailer da PM na Candelária por volta das 2 horas da madrugada. Segundo o cabo Marcos Sales, que dirigia a viatura, um grupo de pessoas chamou a sua atenção, apontando na direção da Rua do Ouvidor. Ele, então, mudou de trajeto acreditando que iria encontrar elementos envolvidos em uma briga.
 Quando passaram pela Rua do Carmo, avistaram dois indivíduos e os abordaram. De acordo com os PMs, nesse momento, eles não perceberam que o corpo de Evandro já estava jogado no chão. Os suspeitos foram revistados pelo cabo, enquanto o capitão Bizarro dava cobertura e fazia a segurança da área. Como nada de ilícito foi encontrado e pelo fato de não apresentarem qualquer indício de nervosismo, os suspeitos acabaram sendo liberados pelos policiais.
 Sales foi quem achou o casaco e o par de tênis pertencentes a Evandro e levou os objetos até a viatura. Conforme relatado pelos policiais, que pensavam tratar-se de vestimentas de um morador de rua, as roupas foram levadas para evitar que criminosos agissem na região, já que, segundo eles, é prática comum que bandidos troquem de blusa após um furto para enganar a polícia, dificultando assim, o seu reconhecimento.
 Ainda de acordo com os depoimentos, os policiais se desfizeram dos objetos na altura da Rua Sete de Setembro, jogando-os pela janela do veículo. Já na Rua Primeiro de Março, após encontro com outro policial, o sargento Grosse, ficaram sabendo que havia uma pessoa baleada na Rua do Carmo, local por onde haviam passado. Eles resolveram voltar e lá avistaram a vítima caída próxima à porta do banco, totalmente imóvel. Segundo relatos, eles ainda tentaram buscar auxílio, porém já era tarde demais.
 Com o fim do interrogatório, a juíza determinou que as sete testemunhas de acusação sejam ouvidas no próximo dia 04 de dezembro, ao meio-dia, na sala de audiências da Auditoria Militar.

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