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Supermercado é condenado por cobrança e negativação indevidas

juíza da 17ª Vara Cível de Brasília condenou o Supermercado Carrefour a restituir quantia de R$ 363,54 e a reparar o dano moral fixado em R$ 5.000,00, por cobranças indevidas e restrição cadastral de cliente que teve cartão fraudado.

 

A juíza da 17ª Vara Cível de Brasília condenou o Supermercado Carrefour a restituir quantia de R$ 363,54 e a reparar o dano moral fixado em R$ 5.000,00, por cobranças indevidas e  restrição cadastral de cliente que teve cartão fraudado.   A cliente do supermercado alegou que em fevereiro de 2011 o Carrefour lhe informou sobre a solicitação de cartão adicional e mudança de endereço em nome de uma mulher, mas ela informou que não conhecia a referida pessoa. Constatou a existência de fraudes em seu nome e recebeu cartões não solicitados. A cliente constatou a solicitação de três cartões adicionais, o que a motivou a solicitar o cancelamento do cartão de crédito, recebeu fatura com despesas em nome de uma das fraudadoras, por isso, pagou apenas o valor realmente devido e novamente informou o fato ao Carrefour. Fez duas reclamações no Procon, mas continuou a receber cobranças e notificação de restrição cadastral. Pagou a dívida para a baixa da restrição, mas pediu que a cobrança indevida seja restituída em dobro e afirmou que sofreu dano moral.

O Carrefour alegou que não há prova do dano, que não houve fraude, mas se houve ele também é vítima. Por fim afirmou que os valores pagos pela autora foram estornados.

A juíza afirmou em sua sentença que “está evidenciado que, mesmo com expressa manifestação de vontade da autora em sentido contrário a ré concedeu cartão de crédito adicional, favorecendo a ocorrência da fraude, que há havia lhe sido informada pela autora. A autora requereu o cancelamento do cartão de crédito em 23/5/2011, mas a ré continuou efetuando cobranças indevidas nos meses subseqüentes, portanto, está evidenciado que houve cobrança de valor indevido. Conforme artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor a restituição em dobro só é devida quando há pagamento indevido, por isso, não tem relevância jurídica os valores que foram cobrados, mas sim o que efetivamente foi pago, portanto, a autora faz jus à repetição em dobro da quantia supra, que totaliza R$ 363,54”. Quanto a reparação por dano moral, a juíza entendeu que “restou evidenciado que houve negativação indevida, que só foi excluída porque a autora realizou o pagamento da quantia cobrada, razão pela qual a autora sofreu dano passível de reparação”.

Processo :2012.01.1.132651-9

 

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