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Dono da Boi Gordo vende grupo que agora vai plantar soja

Uma fórmula aparentemente engenhosa pode dar fim à angústia dos credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo. As terras antes usadas para a criação de gado vão ser usadas para o plantio de soja e com o bom preço do grão no mercado pagas as dívidas do grupo que afundou há cerca de dois anos.

Uma fórmula aparentemente engenhosa pode dar fim à angústia dos credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo. As terras antes usadas para a criação de gado vão ser usadas para o plantio de soja e com o bom preço do grão no mercado pagas as dívidas do grupo que afundou há cerca de dois anos.

Em concordata, a Boi Gordo está mudando de mãos com a venda das duas empresas que a controlam. Segundo o especialista Murilo da Silva Freire, que não atua nesse caso, a transferência é possível porque, diferentemente do processo de falência, a concordata permite a operação. Para o falencista Luiz Augusto de Souza Ferraz, nada impede que um acionista venda sua participação em uma empresa, esteja ela enfrentando concordata ou falência.

A venda tornou-se necessária já que o investimento agrícola exige fundos que a Boi Gordo não tem. Mas, em contrapartida, possui mais de 200 mil hectares de terras férteis, o que pode transformar a nova empresa na maior plantação de soja do mundo.

Segundo o advogado Marcelo Hernandez Fernandez, a associação com os dois grupos foi necessária por conta dos altos custos do empreendimento. “Para cada 30 mil hectares de plantio, são necessários quase R$ 90 milhões”, explica.

Os dois grupos voltados para a produção rural que adquiriram as empresas controladoras da Boi Gordo são a Cobrazem e a Forte Colonizadora, do empresário Júlio Golin. A aposta é que os débitos sejam saldados, parceladamente, em algumas safras.

A fórmula encerra meses de negociações e auditorias em que o ex-controlador, Paulo Roberto de Andrade, buscou alternativas para dar solução para o caso e concluir que o uso da área para o plantio de soja é a escolha mais segura.

No último dia 6, os acionistas realizaram uma Assembléia Geral Extraordinária para a nomeação de uma nova diretoria e de um novo conselho de administração e definição de diretrizes. A nova empresa deve apresentar agora um novo projeto de viabilidade econômica e demonstrar para os credores que a transformação do negócio é viável e plausível.

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