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Mãe quer que filhos tenham sobrenome da namorada em SP

Defensora pública entrou com ação em janeiro deste ano. Mulher pediu adoção dos filhos biológicos da namorada.

AconteceU na tarde desta quarta-feira (6) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, a primeira audiência de uma ação acompanhada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo em que uma mulher pede para adotar os filhos biológicos da namorada. O casal homossexual quer, segundo a defensoria, que as crianças tenham o sobrenome das duas.
 
Uma das mulheres é mãe de uma menina de 4 anos e de um menino de 2. A namorada dela, com quem tem uma união estável, pediu à Justiça que a adoção seja seguida de todos os efeitos legais, como a inclusão do nome dela na certidão das crianças, junto ao nome da mãe biológica – o nome do pai não consta no registro de nascimento.
 
Segundo a defensoria, a audiência estava marcada para começar às 17h desta quarta-feira na Vara da Infância e Juventude de Mogi das Cruzes. As duas mulheres serão ouvidas pelo juiz para expressar a vontade da adoção. Também está agendada uma avaliação psicológica da família, com a presença das crianças, no dia 31 de julho.
 
A ação foi protocolada em janeiro. Para a defensora pública Ana Paula Figueiredo, que assina a ação, a situação é ainda mais atípica porque a mãe biológica está presente. Ela avalia que o processo de adoção deve seguir o trâmite comum, com avaliação da candidata e da capacidade dela de assumir as tarefas da maternidade adotiva.
 
Outro caso
 
Um outro caso que envolve um casal homossexual ocorreu esta semana em São Paulo. Uma mãe homossexual que deu à luz um casal de gêmeos na quarta-feira (29) no Hospital Santa Joana, em São Paulo, prometeu ir novamente à Justiça para pedir o direito de registrar seus filhos com duas mães: ela mesma e sua companheira, que doou óvulos para fertilização in vitro.
 
Os bebês – uma menina de 2,750 kg e um garoto de 2,415 kg – são filhos de Adriana Tito Maciel. A mãe, homossexual, recebeu os óvulos de sua companheira, Munira Kalil El Ourra, que se submeteu a uma inseminação artificial. O nome do pai que doou o sêmen para fecundação não pode ser conhecido.
 
Há cerca de um mês as mães deram início a uma ação declaratória de filiação no Fórum de Santo Amaro, na Zona Sul da capital. A advogada das duas, Maria Berenice Dias, diz que o processo com essas peculiaridades – gestação comungada entre parceiras sexuais – é inédito.
 
O caso foi divulgado anteriormente pela Revista Época.

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