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PF e Força Nacional começam operação de retirada de não índios da Raposa

Prazo para saída de produtores de arroz da área acabou na quinta. Desembargador disse que força só será usada caso haja resistência.

Cerca de 300 agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança começaram, na madrugada desta sexta-feira (1º) a operação de retirada de não índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Segundo reportagem da Agência Brasil, o grupo tem a supervisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Jirair Meguerian, e de juízes auxiliares. O prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a desocupação espontânea acabou na quinta-feira (30).
Meguerian disse que a força só será efetivamente usada caso haja resistência violenta de algum remanescente. Ele deve conduzir pessoalmente a retirada de dois pecuaristas idosos que passaram a vida na região e se recusam a deixar a área. O desembargador, entretanto, afirma que não vai negociar com outros produtores de arroz.
Dois arrozeiros afirmaram que vão ficar em suas fazendas porque têm colheitas pendentes. A Justiça diz que o governo federal se responsabilizará pela colheita e eventual indenização. A ordem é retirá-los nesta sexta.
“Não tenho o que falar com pessoas dessas [produtores de arroz], que estão fazendo enfrentamento da decisão judicial. É diferente de uma pessoa de 80 anos, que nasceu lá. E envolve uma questão humanitária”, argumentou o desembargador.
Os produtores de arroz não descartaram impor obstáculos para dificultar a chegada da Polícia Federal às fazendas. Um deles anunciou que uma balsa que é passagem obrigatória para uma das entradas da reserva seria desativada. 
[b]Bases operacionais [/b]
A Polícia Federal montou cinco bases operacionais em diferentes pontos da reserva para promover a desocupação, que poderá levar alguns dias para ser finalizada.
Para algumas pessoas que terão de sair e vivem em áreas de difícil acesso, a Fundação Nacional do Ìndio (Funai) terá que garantir condições de retirada dos pertences.
Os que não concordarem com as indenizações depositadas pela Funai podem ingressar com ações na Justiça Federal.
A Funai estima que 28 famílias de não-índios ainda estejam na reserva. Dessas, 25 já foram indenizadas e três não terão direito a receber nada, porque as benfeitorias que construíram nas áreas ocupadas foram consideradas de má-fé.

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