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Zuanazzi deixa Anac e diz que sai por discordar de Jobim

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, anunciou nesta quarta-feira sua renúncia ao cargo. Ele entrega a carta de demissão hoje a tarde para o presidente Lula. "Não gostaria de sair 'escorraçado'. Queria fazer uma prestação de contas, que estou fazendo agora.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, anunciou nesta quarta-feira sua renúncia ao cargo. Ele entrega a carta de demissão hoje a tarde para o presidente Lula. “Não gostaria de sair ‘escorraçado’. Queria fazer uma prestação de contas, que estou fazendo agora. Vou fazer uma transição republicana”, explicou. Zuanazzi afirmou ainda que sai porque não quer trabalhar com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. “Estou saindo porque não gostaria de trabalhar com ele. Tenho divergências com o que ele quer da aviação civil”, completou.

Antes da coletiva em que Milton Zuanazzi anunciou a renúncia à presidência da Agência foi distribuído um balanço de sua gestão de 18 meses à frente da Agência. No relatório, a entidade reafirma que a crise aérea acabou em 22 de junho de 2007. “Não herdamos algo perfeito. Longe disso. Nem vamos entregar a Anac com a perfeição que gostaríamos, mas é preciso analisar todo o histórico”, afirmou. “É da cultura brasileira trocar o técnico sem olhar se o problema é o técnico ou se o time é que é ruim”, analilsou.

Para a Anac, os índices de cancelamentos e atrasos acima de 10% são normais e históricos.

A agência valoriza a redução do número de vôos em Congonhas e “assume” a medida como iniciativa própria. Antes da coletiva, Zuanazzi passou em todas as salas da Agência, se “despedindo” dos funcionários.

Zuanazzi criticou a discussão sobre o aumento do espaço entre as poltronas e ironizou o discurso do ministro da Defesa. “A discussão do tamanho de assento para aeronave tem que ficar claro que vai gerar aumento de preço”, afirmou. “Há uma agenda oculta que tem gente que não quer que pobre ande de avião”, completou.

Ele provocou Jobim ainda na discussão sobre o fim da crise aérea. “O ministro disse que a crise aérea vai acabar em março. A crise está sob controle. Mas os problemas metereológicos de São Paulo, por exemplo, não vão acabar em março”, afirmou. “O ministro usou a Anac como bode espiatório”, acusou ainda.

Rumores

A informação da demissão foi confirmada, ontem à noite, pela assessoria do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na segunda-feira, o conselho consultivo da Anac, formado por 22 entidades ligadas à aviação, encaminhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta em que pede a permanência de Zuanazzi.

Ontem, Jobim ignorou o atual presidente da Anac na reunião que fez com as principais autoridades aeronáuticas do País. O ministro convocou uma reunião com a cúpula da Infraero, oficiais da Aeronáutica e os novos diretores da Anac. Estiveram presentes o economista Marcelo Guaranys, cuja nomeação para a diretoria da agência ainda não saiu, e o brigadeiro Allemander Pereira Filho, empossado anteontem. Zuanazzi não foi convidado.

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