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Um caso extraconjugal entre juízes resulta em punição para os dois

Um juiz e uma juíza, ambos casados – mas não entre si – foram punidos disciplinarmente pelo Poder Judiciário do Estado de Illinois, EUA, por manterem um romance secreto que teve repercussões jurisdicionais. O Tribunal Superior daquele Estado aplicou ao magistrado uma suspensão por quatro meses, sem remuneração. A juíza foi apenas publicamente censurada.

Segundo a imprensa dos EUA, em dezembro de 2010, durante uma conferência judicial em Washington, D.C., o juiz Scott Drazewski (casado) e a juíza Rebecca Foley (casada) conversaram, atraíram-se e terminaram se envolvendo intimamente – o que é mantido até hoje.

A história seria corriqueira, não fora eles terem permitido que o romance exercesse interferências indevidas nas sessões de julgamento: para manter secreto o romance proibido, Scott e Rebecca deixaram de lado detalhes como impedimento, suspeição, ética e imparcialidade.

Em fevereiro de 2011, o marido descobriu o relacionamento extraconjungal da mulher e exigiu que ela forçasse o amante a se declarar impedido de presidir sete outros casos em que ele atuava na corte.

Outros detalhes

· O caso tomou grandes proporções porque Joe Foley – marido da juíza Rebecca Foley – é um advogado atuante na corte. Especializado em seguros, ele defendia seus clientes em alguns casos perante o amante de sua mulher, o juiz Drazewski.

· Este não se declarou impedido e tomou várias decisões contra os clientes do advogado. Em um dos processos mencionado detalhadamente no processo ético-disciplinar, Drazewski condenou surpreendentemente um cliente do advogado a pagar indenização de US$ 40.337.

· Duas semanas mais tarde, o juiz Drazewski comunicou à presidente do tribunal, magistrada Elizabeth Robb, que iria se declarar impedido naqueles casos. Citou algumas razões, entre as quais a de que havia jogado golfe com o advogado. Mas não mencionou o romance com a mulher do profissional da advocacia.

· Uma carta anônima informou integrantes do tribunal sobre o caso extraconjugal dos dois juízes. Na ´rádio-corredor´ do Tribunal de Illinois especula-se que a carta foi escrita por algum servidor descontente com os magistrados.

· A presidente Elizabeth Robb tentou acobertar e também teve de se explicar à Corte que presidia; logo ela resolveu aposentar-se. Já jubilada agora, conseguiu escapar da punição.

· Em sua decisão de 39 páginas, a Corte de Illinois considerou “chocante” o caso – “não pelo affair extraconjugal em si, mas porque esse affair influenciou a conduta do juiz Drazewski em sua atuação judicial, preferindo esconder o relacionamento, em vez de se declarar impedido, como seria exigível nos casos em que o advogado era o marido da juíza Rebecca Foley”.

· Conforme o acórdão, Drazewski violou a regra que estabelece que o juiz deve se declarar impedido em casos em que sua“imparcialidade pode ser razoavelmente questionada”.

· O juiz tinha sustentado, em sua defesa, que reconhecia apenas uma “falha moral”, sem interferência em julgamentos.

· No caso da juíza Rebecca Foley, o procedimento ético-disciplonar concluiu que “ela violou o Código de Conduta, ao deixar de tomar as medidas disciplinares, exigidas dos juízes, sabendo que Drazewski estava julgando casos em que seu marido defendia alguns clientes. Ela era a única pessoa no tribunal que tinha certeza de que o juiz estava violando as regras e, por isso, tinha a obrigação de iniciar os procedimentos para medidas disciplinares”. Foi punida com advertência pública.

· O juiz Scott Drazewski e a juíza Rebecca Foley, agora divorciados de seus respectivos cônjuges anteriores, disseram à imprensa que vão manter o relacionamento. O advogado de defesa deles, Warren Lupel, admitiu que “as carreiras de ambos no Judiciário estão destruídas, apesar de serem dois dos melhores juízes do Estado”. (Com informações dos jornais Chicago Daily Law Bulletin e Pantagraph).

Veja fotos dos juízes adúlteros e outros informes, diretamente no saite do jornal Pantagraph.

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