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TST julga hoje dissídio dos bancários

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgará nesta quinta-feira, o dissídio da categoria bancá-ria, que na semana passada encerrou uma paralisação de 30 dias. Além de definir qual reajuste e vantagens salariais serão concedidas aos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, os nove ministros terão de tomar uma decisão ainda mais delicada e polêmica: o que fazer com os dias parados da greve.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgará nesta quinta-feira, o dissídio da categoria bancá-ria, que na semana passada encerrou uma paralisação de 30 dias.

Além de definir qual reajuste e vantagens salariais serão concedidas aos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, os nove ministros terão de tomar uma decisão ainda mais delicada e polêmica: o que fazer com os dias parados da greve. Mais do que reflexos econômicos para os grevistas, a solução que se der para os dias parados pode assumir uma conotação política. É isso que o TST tenta evitar, buscando um meio termo entre o que querem os líderes sindicais e o governo.

Na audiência de conciliação da semana passada, o presidente do TST, Vantuil Abdala, propôs a compensação de todos os dias parados. Mas a proposta não agradou nem aos bancários, que vêem nessa fórmula uma espécie de punição disfarçada, nem aos representantes dos bancos oficiais, para os quais qualquer “afrouxamento” serviria de estímulo para outras categorias seguirem o mesmo caminho da greve.

Na prática, a diretoria do BB já aceitou perdoar um terço dos dias parados, embora mantendo o desconto de outro terço e a compensação do restante. Por isso, segundo fontes do tribunal, seria possível avançar para uma fórmula que previsse o perdão de metade dos dias parados.

No campo econômico, o presidente do tribunal propôs o acréscimo de um abono de R$ 1.000 à proposta original apresentada pela Fede-ração Nacio-nal dos Bancos (Fe-naban), que previa reajuste de 8,5% mais uma parcela fixa de R$ 30. Nesse item, os dois lados também não chegaram a um acordo, mas a distância é menor. Os bancos oficiais aceitam antecipar R$ 500 de participação nos lucros, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Crédito (Contec) pede R$ 1.500.

No início desta semana, a entidade sindical, responsável pelo ajuizamento do dissídio, chegou a cogitar de pedir o adiamento do julgamento para retomar a negociação com os bancos, mas essa alternativa não prosperou. “Não existe nenhum fato novo; por isso, vamos mesmo à julgamento”, confirmou hoje o presidente da Contec, Lourenço Prado.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) da CUT, Wagner Freitas, que foi contra o ajuizamento de dissídio, “os bancos devem estar achando que o julgamento será bom para eles e, por isso, continuaram não querendo negociar”. “Existem outros interesses em jogo que não dizem respeito à categoria”, disse Freitas. Com a paralisação dos bancários muitos pagamentos foram prejudicados em vários estados.

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