seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Presidente do Banco Central pode perder status de ministro

O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá decidir no início de 2005 que o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, não é ministro de Estado. O prognóstico é feito com base num julgamento ocorrido na sexta-feira, quando o plenário do STF determinou que o ministro especial de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, não tem condição de ministro de Estado.

O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá decidir no início de 2005 que o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, não é ministro de Estado. O prognóstico é feito com base num julgamento ocorrido na sexta-feira, quando o plenário do STF determinou que o ministro especial de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, não tem condição de ministro de Estado.

Como conseqüência dessa decisão, Fritsch terá de responder na Justiça de primeira instância a uma ação na qual é acusado de ter ofendido a honra de Luiz Antônio Palaoro. O suposto delito teria ocorrido na época em que o ministro especial de Aqüicultura e Pesca era prefeito de Chapecó (SC). Se o STF tivesse reconhecido o status de ministro a Fritsch, o processo teria de tramitar no Supremo, tribunal responsável por julgar as ações abertas contra uma série de autoridades, dentre as quais, o presidente da República e os ministros.

Assim como o ministro especial de Aqüicultura, Meirelles também poderá encontrar obstáculos no STF. Em fevereiro, o Supremo julgará duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) protocoladas pelo PFL e pelo PSDB contra a Medida Provisória (MP) que deu condição de ministro a ele. Posteriormente, essa MP foi transformada em lei pelo Congresso.

O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, encaminhou um parecer ao STF opinando que a MP está repleta de ilegalidades. ‘É fato notório que a transformação do cargo de presidente do Banco Central em cargo de ministro de Estado visa, em primeira linha, à concessão àquele de prerrogativa de foro, para que seja julgado pela instância máxima da organização judiciária brasileira, o STF, justamente num momento em que está sob investigação do Ministério Público Federal (MPF) a respeito de sua regularidade fiscal e eleitoral’, afirmou Fonteles.

Ministros do STF disseram, informalmente, que os processos e o relatório do procurador-geral da República têm ‘total procedência’, uma vez que, para eles, a promoção de Meirelles foi ‘casuística’. Além dos argumentos usados no caso Fritsch, há um complicador em relação ao presidente do BC. Meirelles é o único ministro de Estado cuja indicação está sujeita à aprovação do Senado. Segundo um integrante do Supremo, esse tipo de mudança somente poderia ser feito por meio de emenda constitucional. Nunca por MP nem lei.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Justiça absolve empresário de crime tributário por ausência de dolo
Pendência de trânsito em julgado impede detração de pena, decide TJ-SP
Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ