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Juiz aceita denúncia contra PMs acusados de chacina em Niterói

O juiz Cesar Cury, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), acolheu na terça-feira (20) a denúncia do Ministério Público contra quatro PMs de envolvimento na chacina ocorrida durante uma operação promovida pela corporação no morro do Estado, no último dia 3.

O juiz Cesar Cury, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), acolheu na terça-feira (20) a denúncia do Ministério Público contra quatro PMs de envolvimento na chacina ocorrida durante uma operação promovida pela corporação no morro do Estado, no último dia 3.

Cinco pessoas, sendo quatro menores de idade, foram mortas a tiros na ocasião. Um adolescente de 13 anos foi baleado. Os PMs afirmam ter sido recebidos a tiros e acusam o grupo de envolvimento com o tráfico de drogas. Moradores do morro, porém, negam as acusações.

O sargento Antônio Carlos Miranda, o cabo José Francisco de Araújo Júnior e os soldados Wanderson Soares Nunes e José Roberto Primo Domingues foram denunciados por quíntuplo homicídio e uma tentativa de homicídio. Eles estão presos desde o último dia 9 e serão interrogados dia 29.

Outros oito PMs participaram da operação no morro mas, como ficaram na parte baixa, acabaram sendo liberados após cumprir prisão administrativa.

De acordo com o TJ (Tribunal de Justiça), um dos motivos alegados pelo juiz para aceitar a denúncia foi um laudo elaborado pela perícia que apontava a presença de marcas de tiros somente no lado oposto ao dos PMs, o que indicaria que eles foram os únicos a atirar.

“A periculosidade desses agentes é indicada pelo modo de cometimento, os quais, em atitude pré-determinada e que se aponta travestida de oficial, teriam, armados, percorrido locais em busca das vítimas, abatendo-as ao encontrá-las aparentemente em estado que não lhes permitiria esboço de defesa”, disse o juiz em sua decisão.

Outro fator considerado pelo juiz foi o de que os PMs alteraram a cena do crime retirando os corpos das vítimas “sob o argumento de que prestariam socorro”, ainda segundo o TJ.

Inquérito

O delegado Paulo Henrique Silva Pinto afirmou que o inquérito conduzido pela Polícia Civil sobre o caso concluiu que as crianças e os adolescentes foram mortos sem que houvesse reação.

José Maicon dos Santos Fragoso, 16, sofreu um ferimento na mão esquerda que, segundo o delegado, é considerado “lesão de defesa”. Ele teria levado a mão ao rosto, numa reação natural de defesa. O tiro atravessou a mão e furou o olho. No total, levou sete tiros.

Luciano Rocha Tavares, 12, levou dois tiros pelas costas. Edmilson Santos da Conceição, 15, foi atingido na barriga, na coxa esquerda e na perna direita. Wellington Lima, 11, levou um tiro na cabeça, três no peito e um no braço. Wedson Conceição Silva, 24, foi baleado na cabeça e no braço.

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