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Estagiários cotistas começam a ocupar vagas no STJ em janeiro

O primeiro cotista negro do convênio assinado entre o Superior Tribunal de Justiça e a Universidade de Brasília começa a trabalhar a partir desta quarta-feira, 4, na Biblioteca do Tribunal. Marcelo Silva Nascimento, estudante do segundo semestre de Biblioteconomia da UnB, será o primeiro dos 40 estagiários cotistas que o STJ irá admitir em seus quadros, a partir deste ano.

O primeiro cotista negro do convênio assinado entre o Superior Tribunal de Justiça e a Universidade de Brasília começa a trabalhar a partir desta quarta-feira, 4, na Biblioteca do Tribunal. Marcelo Silva Nascimento, estudante do segundo semestre de Biblioteconomia da UnB, será o primeiro dos 40 estagiários cotistas que o STJ irá admitir em seus quadros, a partir deste ano. O acordo de cooperação foi assinado pelo presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, e pelo reitor Timothy Mulholland, em novembro último.

Marcelo Nascimento vai trabalhar na Biblioteca do Tribunal e conta que a expectativa é grande. “É uma chance de aprender na prática. Além disso, o valor da bolsa é muito razoável”, comenta. Segundo ele algumas pessoas ainda têm preconceitos contra os cotistas, por acharem que o mérito de entrar na universidade pela cota é menor. “Mas se nós analisarmos a história da segregação no Brasil, vemos que a política de cotas já devia ter sido implantada há muito tempo”, entende.

Atualmente, 20% das vagas da Universidade de Brasília são destinadas a alunos negros. A instituição é uma das pioneiras no País na adoção dessa política afirmativa e conta atualmente com mais de mil estudantes cotistas. Já o STJ é o primeiro órgão do Judiciário a abrir vagas específicas para universitários negros.

Há 65 escritos até o momento

A Secretaria de Recursos Humanos do STJ enviou memorando acerca do programa a todas as unidades do Tribunal. À medida que os estagiários forem solicitados, as bolsas – valor de R$ 600 – serão distribuídas. Até o momento, 65 alunos da UnB já se inscreveram no programa de estágios para cotistas do STJ.

Os alunos são encaminhados pela UnB por intermédio de um convênio com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Interessados devem ser cadastrados no Centro de Convivência Negra na UnB, que encaminhará os currículos para o CIEE. Posteriormente, o próprio STJ fará as entrevistas de seleção. Aguarda-se principalmente estagiários de cursos como Direito, Biblioteconomia, História e Comunicação Social, de um total de dez áreas acadêmicas.

A frase do poeta Wally Salomão “a felicidade do negro é uma felicidade de guerreiro”, define a visão da Fundação Palmares, em relação a mais essa vitória. Pioneira na luta contra a desigualdade racial, a instituição, vinculada ao Ministério da Cultura, enaltece a posição de vanguarda do STJ. “O ministro Gilberto Gil e a Fundação Palmares são inteiramente favoráveis à política de cotas e a essas parceiras, extremamente positivas. A parceira do STJ com a UnB é reveladora da sensibilidade que o Poder Judiciário vem tendo para com a questão da desigualdade racial”, destaca Edvaldo Araújo, o Zulu, vice-presidente da Palmares.

Para o ministro Vidigal, “oportunidade” e “reconhecimento” são palavras muito importantes na luta contra o preconceito racial. “Todos têm de ser iguais perante a lei. Não só em deveres, mas também em direitos”, assevera.

Mais informações – www.ciee.org.br ; www.unb.br ; Centro de Convivência Negra: Fone (61) 3307-3971 / ccn@unb.br

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