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Eldorado dos Carajás: TJ mantém condenação dos oficiais

BELÉM. O coronel da Polícia Militar Mário Pantoja e o major da mesma corporação José Maria de Oliveira, que tinham sido condenados pelo massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás, em abril de 1996, terão de aguardar presos o julgamento dos recursos contra a sentença. O Tribunal de Justiça do Pará manteve ontem a condenação dos dois oficiais e decidiu que eles não poderão mais aguardar o julgamento em liberdade, como vinha ocorrendo. Pantoja e Oliveira até ontem à noite não tinham sido presos.

BELÉM. O coronel da Polícia Militar Mário Pantoja e o major da mesma corporação José Maria de Oliveira, que tinham sido condenados pelo massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás, em abril de 1996, terão de aguardar presos o julgamento dos recursos contra a sentença. O Tribunal de Justiça do Pará manteve ontem a condenação dos dois oficiais e decidiu que eles não poderão mais aguardar o julgamento em liberdade, como vinha ocorrendo. Pantoja e Oliveira até ontem à noite não tinham sido presos.

A decisão foi recebida com aplausos por integrantes do MST que aguardavam o resultado do julgamento dos recursos em vigília na porta do prédio do TJ do Pará. Os sem-terra, no entanto, vaiaram a decisão dos desembargadores de confirmar a absolvição dos outros 145 PMs denunciados por suposto envolvimento no massacre.

A decisão dos quatro desembargadores praticamente manteve a sentença do julgamento de 2002. A decisão dos desembargadores foi anunciada às 16h30m, mantendo a sentença que condenou, em 2002, o coronel Pantoja a 228 anos de prisão e o major Oliveira a 158 anos. Os advogados de Pantoja e Oliveira garantiram que vão recorrer ao Tribunal Superior de Justiça.

Além de comemorar, integrantes do MST e simpatizantes dos sem-terra afirmaram que também vão recorrer.

— Queremos a prisão de todos os policiais militares envolvidos no conflito — disse Tito Moura, da direção do MST no Pará.

O MST vai entrar com novo recurso para tentar reverter a decisão dos desembargadores em relação a manutenção da absolvição dos 145 PMs. O advogado do MST Adelar Cupsinski argumentou que foram levadas em conta várias situações no momento do conflito.

— Os policiais estavam sem identificação, os corpos foram retirados do local do crime e as armas não foram identificadas, como é de praxe. Por tudo isso, o julgamento é uma farsa e nós vamos recorrer até as últimas instâncias.

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