seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

CPI vai à Justiça pedir dados das Operações Satiagraha e Chacal após proibição do STF

A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara vai encaminhar à Justiça Federal pedido de informações sobre as operações Satiagraha e Chacal, da Polícia Federal, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a comissão não pode ter acesso aos autos das operações. A comissão pretende encaminhar à Justiça Federal questões específicas para evitar que as informações não sejam repassadas à Câmara.

A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara vai encaminhar à Justiça Federal pedido de informações sobre as operações Satiagraha e Chacal, da Polícia Federal, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a comissão não pode ter acesso aos autos das operações. A comissão pretende encaminhar à Justiça Federal questões específicas para evitar que as informações não sejam repassadas à Câmara.

“O presidente [da CPI] Marcelo Itagiba vai encaminhar os pedidos de informações. Não vamos pedir dados sigilosos, mas coisas específicas. O objetivo não é pedir o conteúdo integral das informações das operações, mas algumas questões”, afirmou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

A CPI quer ter acesso aos dados depois que o ministro Cezar Peluso, do STF, decidiu que os parlamentares não podem receber os autos das operações Chacal e Satiagraha que citam “no todo ou em parte” informações constantes nos discos rígidos do Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A comissão havia aprovado requerimento decretando a quebra de sigilo das duas operações da PF para conseguir acesso total à documentação, mas o STF impediu o repasse no que estiver relacionado ao Opportunity.

Peluso argumentou que o acesso aos dados dos inquéritos pode violar o sigilo de informações bancárias de “terceiros”, além de também violar a liminar que concedeu liberdade de Dantas. O ministro disse que, se as informações tiverem sido encaminhadas à CPI, devem ser mantidas em sigilo sob o comando do presidente e do relator da CPI.

Na Operação Chacal, a PF apreendeu o disco rígido, que registra 33 mil operações financeiras internacionais, entre dezembro de 1992 e junho de 2004. Na Satiagraha, Dantas acabou preso ao lado ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e do megainvestidor Naji Nahas.

Operadoras

A CPI também vai pedir às operadoras telefônicas que reapresentem os dados encaminhados à comissão com informações sobre as ligações que foram monitoradas pela PF nas operações. Fruet disse que muitos dados estão “embolados”, o que dificulta o manuseio das informações pelos parlamentares.

“Em alguns casos, não é possível identificar a origem dos pedidos de grampos, a sua renovação. Não foram separadas as autorizações das renovações, não é possível identificar o que foi telefone fixo do celular”, afirmou o deputado.

Na Satiagraha, a PF obteve autorização para monitorar pelo menos 54,7 mil horas linhas telefônicas em nome de pessoas e empresas investigadas na operação. Diante do universo de dados, os deputados querem organizar detalhes sobre as escutas para aprofundar as investigações.

A CPI pretende encaminhar um modelo às operadoras para novo repasse de dados à comissão. “Isso precisa ser melhor esclarecido”, disse Fruet.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Justiça absolve empresário de crime tributário por ausência de dolo
Pendência de trânsito em julgado impede detração de pena, decide TJ-SP
Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ