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Vítima de crime em boate desconhece motivo de briga

“Até agora não tenho a mínima idéia do que motivou a briga. Inclusive sempre converso com minha namorada para que tentemos lembrar do que ocorreu na boate aquele dia”.

“Até agora não tenho a mínima idéia do que motivou a briga. Inclusive sempre converso com minha namorada para que tentemos lembrar do que ocorreu na boate aquele dia”. Com essas palavras, Marcondes José da Silva, em declarações feitas hoje ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, demonstrou sua indignação com o crime ocorrido na madrugada de 11 de janeiro, na porta da boate Santa Fé Hall, em Goiânia. Na ocasião, ele foi atingido com um tiro de raspão mas seu amigo, o estudante de Farmácia Higor Bruno Borges, de 23 anos, não resistiu aos ferimentos.
São acusados do crime Gedielson Rodrigues, Olcimar Soares Eduardo, Fabiano Alves Néia e Jefferson Henrique Silva. Embora tenham comparecido ao Fórum de Goiânia, não participaram da audiência a pedido das testemunhas arroladas pela acusação, que não queria depor em sua presença. Segundo Marcondes, no dia do fato, havia bebido uma garrafa de uísque na companhia de sua namorada e amigos, no interior da Santa Fé Hall. “Quando eu estava no caixa, pagando a conta, percebi que quando a porta se abria para alguém entrar ou sair, dava para ver alguém lá fora, que eu sequer conhecia, gesticulando com as mãos como se estivesse me chamando para briga”.
Marcondes disse que, diante disso, sua namorada ficou com medo de sair da boate, momento em que ele lhe disse que não tinha motivos para tanto pois não havia brigado com ninguém. Contudo, conforme explicou, assim que saiu da boate foi atacado com murros por Fabiano. “Imediatamente revidei e em seguida Jefferson se aproximou e também começou a me agredir. A partir de então, no breve tempo que durou a confusão, fiquei atracado o tempo todo com Jefferson no chão”, explicou.
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Testemunhas detalham[/b]
Testemunha ocular do crime, Rogério dos Santos Alves, que não conhecia as vítimas nem os acusados, afirmou ter visto um “gordinho” dizer “eu vou matar esse rapaz”, referindo-se a Higor. “O rapaz que morreu não queria briga. Ele estava saindo da boate com a namorada e, no momento da confusão, chegou a dizer que queria apenas ir embora”, observou. Roberto Marques da Silva, que também presenciou os fatos, disse que tudo ocorreu em no máximo cinco minutos. “Lembro-me de ver Gedielson atirando contra as vítimas e depois atirando de forma aleatória e balançando a arma de um lado para o outro”, comentou.
Também foram ouvidos a namorada de Marcondes, Edilaine de Brito da Silva, e Benedito Álvaro de Abreu, que é amigo do acusado Olcimar e foi arrolado como testemunha pela defesa. Jesseir Coelho designou a próxima quarta-feira (18), às 8 horas, para continuar a audiência de instrução de julgamento, quando deverá inquirir as demais testemunhas de defesa e, possivelmente, interrogar os réus.
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Caso[/b]
De acordo com o Ministério Público (MP), no dia do crime, por volta das 3h15, os réus desferiram vários tiros contra Higor, que morreu na hora. Também atingido por disparos, Marcondes foi ferido de raspão na barriga. Os tiros teriam sido motivados por causa de desentendimento, na saída da boate, provocado por um esbarrão. Segundo a promotoria, Fabiano chamou Marcondes para briga, enquanto Gedielson se dirigiu até seu carro e se armou de uma pistola. Higor já estava fora da boate quando viu a briga e resolveu ajudar Marcondes. Olcimar gritou para que Gedielson trouxesse a arma indicando onde ele deveria atirar. Gedielson, então disparou tiros em direção a vítima, que já tinha deixado de brigar e estava correndo em direção ao estacionamento, atingindo-o em sua cabeça.

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