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Testemunha diz que foi instada a participar de morte de agente

A testemunha Flávio Henrique de Jesus Nery disse ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, que viu Gilmar Souza Barbosa, o Japa, somente uma vez e não conhecia Matrix.

A testemunha Flávio Henrique de Jesus Nery disse ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, que viu Gilmar Souza Barbosa, o Japa, somente uma vez e não conhecia Matrix. Ele disse que chegou a encontrar com Éder Alves de Souza, que está preso, e que já foi mandado a júri popular. De acordo com ele, os dois se encontraram em um bar de propriedade de um menor conhecido como Lulu que responde pelo crime perante o Juizado da Infância e Juventude.

Segundo ele, seu vizinho Euber, o Chefinho, o chamou para que ele fizesse um “serviço”, não mencionando o que seria. Apesar disso recusou a “encomenda” sob o argumento de que já responde a processos criminais na 7ª Vara Criminal de Goiânia, completando que eles pagariam entre R$ 10 e 12 mil. Flávio chegou a encontrar os dois acusados em um posto de gasolina próximo ao Buriti Shopping,onde fechariam o negócio. A ação penal apura o assassinato do agente carcerário Jeosadaque Monteiro e Silva Júnior, ocorrida em maio do ano passado, em frente ao Instituto Ortopédico de Goiânia, (IOG), Setor Bueno, em Goiânia.

Outra testemunha, Elias Tristão de Godói, explicou ao juiz que ficou presa na Deic por 15 dias pela prática de falsidade ideológica e foi lá que conheceu uma pessoa com o apelido Matrix, onde ficou preso por dois dias. Elias relatou que ficou sabendo que ele havia sido preso pela participação na morte de um agente penitenciário. Segundo ele, Matrix escreveu um bilhete e pediu que o depoente o entregasse a sua mulher, mas que ele se recusou, repassando-o ao titular da Deic sem saber o conteúdo do bilhete.

Lucineide Alves Ribeiro, empregada do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), disse em seu depoimento que no dia do crime viu duas pessoas escoltando um preso que seria internado no IOG. Ela informou que o motivo da internação não foi mencionado e que não recorda de ter preenchido ficha de cadastro. Relatou que em poucos minutos viu algumas pessoas no local falando que tinham ido fazer um resgate e tempo depois escutou alguns disparos, e que esses tiros haviam sido efetuados contra o agente carcerário. De acordo com ela, a vítima foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do próprio hospital, onde veio a morrer dias depois.

Caso

Seis pessoas foram acusadas pelo crime e cinco delas já foram mandadas pelo juiz a júri popular. Estão presos Edson Rocha, Guilherme Soares, Patrick César Tobias Xavier e Éder Alves de Souza. Eles responderão por homicídio com três qualificadoras (circunstâncias que podem aumentar a pena): praticado por motivo torpe, de emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade de outro crime. Patrick, Éder e Guilherme responderão, ainda, por facilitação de fuga e também – apenas para os dois primeiros – por furto.

De acordo com denúncia do MP, na época, Edson estava detido no complexo prisional de Aparecida de Goiânia quando um exame de rotina realizado entre os presos constatou uma lesão no antebraço dele e a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Ao ser informado que o procedimento seria realizado no dia 8 de maio, no IOG, Edson planejou sua fuga e entrou em contato com dois comparsas – até aquele momento identificados apenas como Japa e Matrix – pedindo-lhes para que conseguissem o auxílio de Patrick, Éder e Guilherme para a escapada.

Para tanto, Japa, Matrix e os três auxiliares se reuniram na residência do adolescente L. – que responde pelo crime perante o Juizado da Infância e da Juventude – e definiram os detalhes do plano de fuga, momento em que as tarefas foram divididas e distribuídas armas para cada um. No dia da cirurgia, os seis dirigiram-se ao hospital e executaram o plano quando Edson chegava ao local, escoltado por agentes carcerários. Conseguiram escapar levando Edson mas, na perseguição, houve troca de tiros, que resultou na morte de Jeosadaque, tendo a polícia conseguido, ao final, prender Patrick, Éder, Guilherme e L., que confessaram o crime. Ficou constatado, durante as investigações, que as armas utilizadas pelo grupo haviam sido furtadas por Patrick e Éder.

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