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Quatro pessoas são condenadas por tráfico de drogas

Depois de ação penal movida pelo Ministério Público Federal em São Paulo, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou quatro dos acusados de participar da quadrilha de tráfico internacional de drogas desbaratada pela Operação Kolibra, deflagrada pela Polícia Federal em janeiro de 2007.

Depois de ação penal movida pelo Ministério Público Federal em São Paulo, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou quatro dos acusados de participar da quadrilha de tráfico internacional de drogas desbaratada pela Operação Kolibra, deflagrada pela Polícia Federal em janeiro de 2007. Foram condenados por tráfico de drogas o líder do bando, o libanês Joseph Nour Eddine Nasrallah, que ficou conhecido como Sheikh por estar construindo uma mansão na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, além de Paulo Salinet Dias, Joacir Bambil e Tenilas Rocha Dias.

Enquanto Joseph, Paulo e Joacir foram condenados a oito anos de prisão em regime fechado e terão de pagar 210 salários mínimos de multa, Tenilas deverá cumprir cinco anos e quatro meses de prisão em regime fechado e pagar multa de 140 salários mínimos. Na decisão, o juiz determinou que a PF incinere os 30 quilos de cocaína apreendidas durante a prisão em flagrante de Rogério de Ávila Xavier. Joseph responde ainda a outros seis processos, sendo quatro por tráfico internacional, um de associação ao tráfico e outro por corrupção ativa.

O procurador da República Rodrigo Fraga, autor da ação, vai recorrer da decisão para pedir o aumento da pena dos quatro réus condenados.

Esta é a primeira sentença condenatória da Justiça entre os 19 processos abertos em decorrência da Operação Kolibra.

Flagrante – No dia 4 de maio de 2006, depois de escutar uma ligação telefônica entre os integrantes do esquema que estavam sendo monitorados com autorização judicial, a PF apreendeu 30 quilos de cocaína em uma picape Corsa parada no estacionamento da Estação Barra Funda, em São Paulo. A chave do veículo estava em poder de Rogério de Ávila Xavier, que foi preso em flagrante.

A mando de Paulo Salinet Dias, Tenilas Rocha Dias comprou a passagem aérea de Campo Grande até São Paulo para Rogério, que era o responsável pelo transporte da droga. Paulo ainda intermediou a ligação entre o comprador da cocaína, Joseph, e o fornecedor Joacir, que também comprou o veículo.

Conforme escutas telefônicas, foi constatado, então, que Joseph era, efetivamente, o comprador da droga. Joacir foi o responsável por fornecer a droga e comprar a picape. Paulo intermediou a ligação entre o comprador Joseph e o fornecedor do veículo e Tenilas prestou auxílio material, comprando a passagem para Rogério.

A operação – A Operação Kolibra teve início em janeiro de 2005 depois do envio ao Brasil de informações da inteligência da polícia alemã que demonstravam a existência de libaneses radicados no Brasil operando um esquema de tráfico internacional de drogas.

Durante dois anos de monitoração telefônica, a PF apurou que Joseph Nour Eddine Nasrallah, também chamado de Cabeção pelos integrantes do esquema, era um dos líderes da organização no Brasil. Jamal Hassan Bakri e Hamssi Taha são apontados no inquérito policial como seus principais auxiliares. Jamal era responsável pela logística, enquanto Hamssi era quem cuidava da parte administrativa, participando ativamente também nas negociações para aquisição da droga.

A PF descobriu que a quadrilha adquiria cocaína em países vizinhos ao Brasil e exportava para Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Suíça e no continente africano. Para realizar o transporte do entorpecente, eram usados contêineres levados para o exterior em navios cargueiros. Outra parte da cocaína era levada por “mulas”, cidadãos aliciados para transportar a droga junto ao corpo e nas suas bagagens.

A investigação, feita pela Polícia Federal em cooperação internacional com a polícia da Espanha, Portugal e da Bélgica, prendeu 54 pessoas que tinham ligação com a quadrilha e apreendeu, aproximadamente, 3,4 toneladas de cocaína. A estimativa é que o grupo criminoso tenha movimentado mais de um milhão de euros e 800 mil dólares. Destes, quase 400 mil euros e 600 mil dólares foram apreendidos durante a operação.

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