Sob a presidência do juiz Rafael Rabaldo Bottan, durou cerca de seis horas a sessão do Tribunal do Júri realizada na última quinta-feira (23/7), que julgou Israel Vormehlen, em São João Batista, pela morte de sua companheira, Cidirlayne Romão de Moura, ocorrido em 20 de abril do ano passado, em sua residência, no município de Nova Trento. Para a acusação, que esteve sob responsabilidade do promotor Luiz Mauro Franzoni Cordeiro, o réu teria cometido o crime por um sentimento de posse, uma vez que a vítima desejava a separação. A defesa, realizada pelo advogado Nelson Zunino Neto, manteve o foco na quebra das qualificadoras de surpresa e motivo torpe, exibindo inclusive vídeos de presídios e do filme Carandiru, e citando Shakespeare sobre crimes passionais. Ao final dos trabalhos, os jurados decidiram pela sua condenação, porém afastaram as qualificadores e Israel recebeu a pena de sete anos de reclusão. Como se encontra preso desde a data do crime, em breve poderá pedir a progressão de regime. A sessão foi realizada na Câmara de Vereadores daquela comarca.