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Juiz intimará condenado que bate ponto no STF

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira determinará a intimação de Ítalo Colares de Araújo, condenado a 14 anos de prisão por lavagem de dinheiro, no local de trabalho do réu: o Supremo tribunal Federal. De­pois de bater em diferentes por­tas e não encontrar Ítalo para intimá-lo da sentença, proferi­da há mais de quatro anos, um oficial deJustiça irá ao STF.

– Se eu soubesse o local de trabalho do réu, já teria inti­mado. Vou cumprir a diligên­cia do TRF e mandar intimá-lo no STF – disse Vallisney.

A decisão do magistrado, titu­lar da IO Vara Federal em Brasí­lia, foi tomada depois de O GLO­BO revelar no último domingo que o réu atua no STF e vem for­necendo endereços errados pa­ra escapar do processo por lava­gem de dinheiro. A condenação por peculato prescreveu, e o mesmo pode ter ocorrido com uma ação de improbidade ad­ministrativa.

ítalo foi condenado a sete anos de prisão por peculato e a 14 anos de detenção por lava­gem de dinheiro em razão de um desfalque de R$ 3 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF). Ele era gerente da agên­cia da CEF no Lago Sul, em Brasília, e desviou recursos do FGTS para contas bancárias da mãe, do irmão, da mulher, da filha e dos sogros em 1998 e 1999. A sentença por peculato prescre­veu em 2008, por falta de deci­são no Tribunal Regional Fede­ral (TRF) da N Região. Em 2009, o processo em tramitação na 10^ Vara Federal resultou na conde­nação por lavagem de dinheiro.

O irmão de Ítalo, o delegado da Polícia Federal (PF) Dênis Colares de Araújo, e a mãe, Le­opoldina Maria, foram conde­nados à prisão, com penas de sete e quatro anos respectiva­mente. Os réus apelaram da sentença. O argumento de íta­lo é o de que não foi intimado da decisão, o que não ocorreu em razão dos endereços erra­dos fornecidos à Justiça. O pro­cesso voltou à 10ª Vara no fim de 2012.

Segundo Vallisney, a conde­nação por lavagem não corre risco de prescrição. No ano se­guinte à demissão da CEF, ítalo entrou no STF por concurso pú­blico. Exerceu o cargo de técni­co Judiciário entre 2000 e 2003, quando foi aprovado em novo concurso no Supremo, para analista Judiciário. Desde então, ocupou funções comissionadas na presidência do STF e nos ga­binetes de dois ministros, Mau­rício Corrêa (morto em 2012) e Eros Grau, já aposentado.

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