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Fazendeiro acusado pela morte de Dorothy Stang é absolvido

O fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang , foi absolvido após dois dias de julgamento, na noite desta terça-feira (6). O julgamento aconteceu em Belém. A religiosa foi assassinada em uma área rural de Anapu (PA), em 12 de fevereiro de 2005.

O fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang , foi absolvido após dois dias de julgamento, na noite desta terça-feira (6). O julgamento aconteceu em Belém. A religiosa foi assassinada em uma área rural de Anapu (PA), em 12 de fevereiro de 2005.

O promotor Edson Cardoso afirmou que vai recorrer da sentença.

Esta é a segunda vez que o fazendeiro é julgado pelo crime. Ele foi a júri novamente porque a pena havia sido superior a 20 anos de prisão. Vitalmiro já havia sido condenado a 30 anos de reclusão.

Já Rayfran das Neves Sales, réu confesso do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão. Este foi o terceiro julgamento de Rayfran. O segundo júri foi anulado porque o Tribunal de Justiça acatou argumento dos advogados, que alegaram cerceamento de defesa. Ele já havia sido condenado a 27 anos de prisão.

A reviravolta na sentença causou um início de confusão na platéia e o juiz Raimundo Alves Flexa interrompeu as declarações finais por duas vezes para pedir silêncio.

“Aqui não senta réu já condenado. Esse tribunal é livre e possui autonomia. Quem estiver descontente, que recorra à esfera maior”, afirmou Eduardo Imbiriba, advogado do fazendeiro.

Por volta das 18h40, o júri saiu da sala secreta, por aproximadamente 25 minutos, para decidir a sentença de Vitalmiro e Rayfran.

Flexa, juiz titular da 2ª Vara de Júri de Belém, demorou mais de 40 minutos para ler a sentença, criando um clima de expectativa.

A segurança foi reforçada no salão interno e os advogados de defesa saíram do local comemorando.

Em frente ao Tribunal, equipes da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) foram chamadas, para também reforçar o policiamento.

Defesa

Marilda Cantal, defensora pública de Rayfran Sales, foi a primeira a se manifestar. Ela disse que o crime não foi por encomenda e que Rayfran só atirou na missionária por que se sentia pressionado por Dorothy e pelos colonos que a vítima apoiava. Segundo a advogada, Rayfran praticou um crime de natureza simples.

Já o advogado de Vitalmiro Moura sustentou a tese de negativa de autoria e cobrou a absolvição do fazendeiro. Ele afirmou de forma categórica que não existe nenhuma prova concreta no processo que pudesse incriminar o fazendeiro.

Recurso

Marilda Cantal afirmou que vai apelar da sentença de Rayfran e pediu que o recurso da defesa conste nas atas do julgamento.

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