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Ex-presidente da Enron se entrega à Justiça

O ex-presidente da empresa Enron, gigante do setor energético dos Estados Unidos que foi à falência em 2001, se apresentou a promotores americanos após ser indiciado pelo colapso da empresa.

O ex-presidente da empresa Enron, gigante do setor energético dos Estados Unidos que foi à falência em 2001, se apresentou a promotores americanos após ser indiciado pelo colapso da empresa.

Kenneth Lay cumpriu um acordo de se entregar no escritório do FBI (a polícia federal americana) no Texas e foi levado algemado para a corte.

Promotores federais vêm tentando provar que a corrupção na empresa ocorreu a partir do topo, ao longo de mais de dois anos.

O colapso da Enron chocou os americanos, levando a uma revisão da legislação do país.

Eleições

Os detalhes das acusações contra Kay ainda devem ser revelados.

Espera-se que elas incluam acusações criminais relacionadas com a fraude na Enron, além de acusações adicionais sobre as transações acionárias de Lay

O caso assumiu significância política já que Lay e o presidente George W. Bush são conhecidos como sendo amigos próximos.

O correspondente Stephen Evans diz que levar o executivo – um antigo patrocinador do partido Republicano – para a corte chama a atenção para um assunto que não ajuda os republicanos em um ano eleitoral.

Cadeia

Lay já tinha reclamado que sua amizade com Bush poderia ser um incentivo para os promotores americanos o acusarem. Seria uma forma de evitar acusações de favorecimento político.

Em junho, Lay culpou seu chefe financeiro, Andrew Fastow, pela fraude.

A empresa foi à falência em dezembro de 2001 após a descoberta de que ela escondeu por meio de manipulações financeiras milhões de dólares em dívidas.

Fastow desenvolveu um complexo sistema de parcerias para esconder dos investidores o verdadeiro estado da companhia. Ele se declarou culpado e aceitou uma sentença de dez anos de prisão.

A questão é o quanto Lay, que fez doutorado em economia, sabia sobre a contabilidade fraudulenta.

Ele sempre disse não saber dos truques na prestação das contas da empresa.

Está claro, entretanto, que ele foi alertado sobre o assunto por gerentes ocupando posições intermediárias, incluindo Sherron Watkins, que denunciou a trama.

Ela escreveu para ele contando de suas preocupações sobre contabilidades falsas que registravam lucros para a companhia entre 1999 e 2000.

Verossímel

Lay disse que Watkins lhe pareceu “muito inteligente e verossímil”, mas sua carta não o convenceu a tomar uma atitude.

“Você não lê uma carta vinda de alguém ocupando posições intermediárias e decide ‘temos um problema sério aqui’”, disse ele em uma entrevista ao jornal The New York Times, no mês passado.

Essa entrevista permanece a única manifestação pública de Lay sobre o colapso da Enron, um fato que aumentará o interesse em suas audiências legais.

Após a falência da Enron, Lay se recusou a testemunhar.

“Assumi a responsabilidade total ao que aconteceu na Enron, mas sei que não sou um criminoso”, disse ele na entrevista ao jornal.

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