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EUA condenam à morte o mais velho dos atiradores que aterrorizaram Washington

WASHINGTON - O homem que idealizou e liderou os ataques a tiros que aterrorizaram Washington há dois anos foi condenado nesta terça-feira à pena de morte.

WASHINGTON – O homem que idealizou e liderou os ataques a tiros que aterrorizaram Washington há dois anos foi condenado nesta terça-feira à pena de morte. John Allen Muhammad, de 43 anos, foi condenado por ter matado 10 pessoas durante as três semanas de terror em Washington, que contaram com a participação do então adolescente Lee Malvo.

O juiz LeRoy F. Millete Jr. derrubou um pedido dos advogados de defesa para que a vida de seu cliente fosse poupada. Ele ordenou que Muhammad – um ex-veterano da Guerra do Golfo -seja executado no dia 14 de outubro. A data deve ser mudada, entretanto, devido a prováveis recursos de apelação.

Muhammad foi condenado por assassinato em primeiro grau no dia 17 de novembro e um júri da Virgínia recomendou que ele fosse condenado à morte pelo assassinato de Dean Harold Meyers, um homem de 53 anos abatido a tiros num posto de gasolina perto de Manassas, Virgínia.

O cúmplice de Muhammad, Lee Boyd Malvo, que tinha 17 anos no momento que cometeu os crimes, ouvirá sua sentença na quarta-feira e saberá se o juiz confirmará a sentença de prisão perpétua do júri. Malvo poderia enfrentar a pena de morte, mas o júri recomendou que ele passasse o resto dos dias na cadeia.

Barbado, de cabelos maiores e ar desafiador, o réu negou qualquer envolvimento nos crimes nesta terça-feira. Ele disse:

– Não façam de tola a Constituição dos Estados Unidos da América. Assim como eu disse no começo, não tive nada a ver com isso, e direi de novo, nada tenho a ver com isso – afirmou ao júri.

Os advogados de Muhammad levantaram durante o julgamento vários assuntos que devem constar de sua apelação. Eles argumentaram, primeiramente, que sob a lei da Virgínia apenas quem puxa o gatilho numa morte a tiros pode ser condenado à morte. O julgamento – que durou seis semanas – nunca provou de forma definitiva quem era o autor dos disparos. Muitas provas sugerem que Malvo, o cúmplice, foi o atirador verdadeiro.

O juiz, entretanto, ficou ao lado dos promotores, que argumentaram que determinar o autor dos disparos é irrelevante e que a lei da Virgínia permite pena de morte em casos nos quais o réu pode ser mostrado como “instigador e espírito por trás dos assassinatos”.

A defesa também argumenta que a pena de morte baseada na nova lei antiterrorismo é inconstitucional e não se aplica a Muhammad. A Virgínia aprovou a lei após os atentados de 11 de setembro, prevendo ataques ao estilo da rede Al-Qaeda. A lei define terrorismo como crime cometido “com a intenção de intimidar ou coagir a população civil ou influenciar a política, a conduta ou as atividades do governo”.

A promotoria, entretanto, diz que as circunstâncias dos ataques a tiros de outubro de 2002 se encaixam na definição de terrorismo perfeitamente. Muhammad e Malvo pediram um pagamento de US$ 10 milhões do governo para parar os ataques, e deixaram bilhetes no local dos crimes, prometendo “mais sacos de corpos” se suas exigências não fossem cumpridas.

No dia 3 de outubro de 2002, Muhammad e Malvo mataram cinco pessoas no condado de Montgomery, Maryland, e Washington – quatro no espaço de duas horas. No dia seguinte, levaram seus ataques à Virgínia, ferindo Caroline Seawell perto de uma loja.

O novo ataque ocorreu no dia 7 de outubro de 2002 e teve como alvo uma escola secundária. Mas a vítima, o menino Iran Brown, de 13 anos, sobreviveu. Os atiradores depois deixaram uma nota dizendo: “Suas crianças não estão a salvo”.

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