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Estudante que atropelou alcoólatra vai a júri

Em decisão proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular Leonardo Falleiros Dias pela morte de Kennedy Alves Lima.

Em decisão proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, mandou a júri popular Leonardo Falleiros Dias pela morte de Kennedy Alves Lima. Ele será julgado por homicídio qualificado, por meio cruel e sem chance de defesa à vítima. O magistrado não acatou, entretanto, a qualificadora de motivo fútil sugerida pelo Ministério Público, já que houve discussão acalorada entre acusado e vítima no dia do crime. “A materialidade delitiva dispensa maiores divagações, vez que restou cristalina, perante a prova técnica que veio carreada aos autos, qual seja, o laudo de exame cadavérico. Fortes indícios de autoria vieram aos autos”, diz a decisão.

O magistrado salientou ainda que o laudo médico pericial de exame de insanidade mental conclui que Leonardo, na época do crime, “não tinha doença mental, perturbação da saúde mental nem desenvolvimento mental incompleto e ou retardado, mas apresentava dependência de substância psicoativa, tendo mantido o pleno entendimento do caráter ilícito do fato”.

No dia 28 de julho de 2005, Leonardo atropelou Kennedy logo após uma discussão entre ambos, passando o carro que conduzia de três a quatro vezes sobre o corpo da vítima. Ao ser interrogado em juízo, Leonardo disse que estava sob efeito de crack e não se lembrava de nada, mas assumiu ter cometido o crime. Ele contou que foi informando do fato pela própria mãe no dia seguinte.

Caso

De acordo com o Ministério Público (MP), o fato ocorreu por volta das 4 horas, na Rua 3, em frente ao Edifício Comodoro, Centro. Momentos antes, Leonardo havia usado crack e saiu de casa dirigindo um veículo Gol, de sua mãe. Trafegando pela Rua 24, ele quase atropelou Kennedy que, alcoolizado, ficou irritado com o incidente e deu tapas no capô do Gol, xingando Leonardo e dizendo que "era paraense e não levava desaforo para casa". Tal atitude provocou uma discussão entre ambos, tendo Kennedy caminhado em direção à traseira do Gol e, olhando a placa do carro, começou a repetir os números em voz alta, dizendo que não iria esquecê-los e faria ocorrência policial. Ainda de acordo com o MP, ao ouvir isso o réu, com o intuito de atropelar a vítima, deu marcha à ré, atingindo a perna de Kennedy e saindo do local em seguida.

Depois de socorrido por algumas pessoas que estavam no local e que se certificaram de que Kennedy não estava muito machucado, ele seguiu a pé pela Rua 24 e entrou na Rua 3. Ao perceber que a vítima havia seguido naquela direção, Leonardo, que havia parado pouco antes da Avenida Anhanguera, deu marcha à ré no veículo e seguiu Kennedy, abordando-o e dando início a nova discussão, que perdurou por cerca de 20 minutos. Ao final do bate-boca, o réu, ainda segundo a promotoria, "arrancou com o carro, deu a volta no quarteirão e, aproximando-se da vítima, atropelou-a. Quando esta já se encontrava no chão, deu seguidas marchas ré, passando por cima da mesma por três ou quatro vezes. Em seguida, fugiu do local".

A Justiça do Direito Online

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