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Caso Calabresi: marcado interrogatório de acusados

O juiz José Carlos Duarte, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, recebeu essa semana denúncia ofertada contra cinco pessoas envolvidas no crime de tortura da garota L., de 12 anos, e designou o dia 10, às 13h30, para o interrogatório deles.

O juiz José Carlos Duarte, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, recebeu essa semana denúncia ofertada contra cinco pessoas envolvidas no crime de tortura da garota L., de 12 anos, e designou o dia 10, às 13h30, para o interrogatório deles. Trata-se da empresária Sílvia Calabresi Lima, da doméstica Vanice Maria Novaes, do engenheiro civil Marco Antônio Calabresi Lima, do estudante Thiago Calabresi Lima e de Joana D´Arc da Silva. As duas primeiras responderão po tortura, maus-tratos e cárcere privado, enquanto Marco Antônio e Thiago , por omissão a tortura. Por sua vez, Joana D`Arc responderá por ter entregue sua filha a terceiro mediante pagamento.

Segundo o Ministério Público (MP), os fatos vinham ocorrendo há aproximadamente dois anos, no apartamento localizado na Rua 15, Setor Oeste, onde L. morava com Sílvia, Marco Antônio e Thiago. Conforme explicou, de forma continuada Silvia e Vanice, que trabalhava como empregada doméstica na residência, praticavam atos de extrema crueldade contra L., submetendo-a a intensos sofrimentos.

Os crimes somente foram descobertos em 17 de março, por volta da 10h30 quando, após a denúncia de um vizinho, policiais chegaram ao apartamento e encontraram L. com as mãos acorrentadas a uma escada e posicionada de tal forma que seu corpo tinha de ficar totalmente esticado e com o peso sob a ponta dos pés. A menina estava ainda amordaçada com esparadrapo e um pano dentro da boca, o que aumentava a fadiga e a impedia de gritar por socorro.

Foi apurado que Sílvia e Eunice espancavam a garota diariamente, dando-lhe tamancadas na cabeça, marteladas nas solas dos pés, tapas, socos e batendo a cabeça dela por diversas vezes contra a parede. Também utilizavam instrumentos, como alicates, que mutilaram a língua da garota causando-lhe deformidade grave e permanente. Nas mesmas ocasiões, era colocada pimenta na boca, nariz e olhos de L. , que era sufocada por Sílvia, por vários minutos, com uma sacola de plástico, enquanto Vanice lhe segurava as pernas para que não esboçasse reação, aumentando assim seu sofrimento. Além disso, a menina teve os dedos várias vezes colocados entre o portal e a porta, que então era fechada, esmagando-os. L. também era freqüentemente privada de alimentar-se, tendo havido ocasiões em que permaneceu por quatro dias consecutivos sem comer.

Em depoimento à polícia, a garota afirmou que, quando se encontrava em estado de inanição, quase desfalecida, Sílvia e Vanice ofereciam-lhe fezes e urina de cachorro. A denúncia assegura que Marco Antônio e Thiago tinham “pleno” conhecimento dos fatos e não tomaram nenhuma providência.

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