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Justiça britânica recebe relatório sobre morte de Jean Charles

A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, em inglês) enviou hoje à Procuradoria do Reino Unido seu relatório sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado por agentes britânicos que o confundiram com um terrorista em julho.

A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, em inglês) enviou hoje à Procuradoria do Reino Unido seu relatório sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado por agentes britânicos que o confundiram com um terrorista em julho.

O documento estava armazenado em duas caixas e foi entregue pelo chefe investigador da IPCC, John Cummins. A Procuradoria assinalou hoje em comunicado que “recebeu o relatório do IPCC e um documento completo das provas sobre a morte de Jean Charles de Menezes”.

“O relatório será analisado por advogados de nossa Divisão Especial de Crime e uma decisão será notificada ao IPCC em seu devido tempo”, acrescentou a nota.

O relatório é resultado de uma investigação de seis meses sobre a trágica morte de Jean Charles, que ocorreu na estação de metrô de Stockwell (sul de Londres), um dia após os atentados fracassados de 21 de julho contra a rede de transporte de Londres.

A partir de agora, a Procuradoria terá de analisar se apresentará acusações contra os agentes envolvidos na morte do jovem eletricista de 27 anos.

A Comissão de Queixas contra a Polícia não quis informar sobre as acusações que os agentes poderiam enfrentar, mas que poderiam ser assassinato ou homicídio. Aparentemente, o presidente do IPCC, Nick Hardwick, analisou ontem se enviava ou não o documento à Procuradoria.

A IPCC não quis dizer quantas pessoas interrogou na sua investigação, mas se acredita que entre eles não está o comissário-chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Ian Blair.

Espera-se que a Scotland Yard receba hoje uma cópia do relatório do IPCC, mas nem os cidadãos britânicos nem a família de Jean Charles terão acesso a ele.

Além disso, Hardwick tem autoridade para decidir se enviará ou não uma cópia ao ministro do Interior britânico, Charles Clarke.

A Procuradoria levará vários meses antes de chegar a uma decisão sobre se apresentará acusações contra os agentes envolvidos na morte do eletricista brasileiro.

Em 22 de julho, o jovem saiu de um apartamento vigiado no bairro de Tulse Hill, ao sul de Londres, entrou em um ônibus para ir ao trabalho e foi até a estação de Stockwell, onde morreu.

Jean Charles sofreu oito tiros, sete na cabeça e um no ombro, disparados por um agente vestido à paisana que o confundiu com um terrorista suicida.

Pouco após o incidente, Ian Blair disse que o caso estava diretamente vinculado aos atentados fracassados de 21 de julho contra três trens do metrô e um ônibus urbano. No entanto, dias depois se soube que o jovem não tinha nada a ver com o ataque.

A pedido da família de Jean Charles, a IPCC iniciou uma investigação paralela sobre Ian Blair, acusado de ter enganado os parentes do jovem e a opinião pública, ao afirmar que ele tinha se comportado de forma suspeita.

Com o tempo, a imprensa revelou que o jovem estava com uma jaqueta jeans, e não com um casaco volumoso suspeito, como disse a Polícia.

Nos ataques de 21 de julho em Londres não houve vítimas, porque só os detonadores explodiram, e não as bombas. Nos atentados de 7 de julho, também contra a rede de transporte da capital britânica, 56 pessoas morreram e 700 ficaram feridas.

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