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Caso Rodin: identificadas novas provas de fraudes nos contratos do Detran

Após uma semana de análise de documentos apreendidos na denominada Operação Rodin, procuradores da República que compõem a força-tarefa do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) identificaram novos elementos de prova das fraudes nos contratos do Detran com as fundações Fatec e Fundae...

Após uma semana de análise de documentos apreendidos na denominada Operação Rodin, procuradores da República que compõem a força-tarefa do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) identificaram novos elementos de prova das fraudes nos contratos do Detran com as fundações Fatec e Fundae, atestando a distribuição de propina aos investigados e a relação obscura entre as empresas sistemistas.

Planilhas, registros contábeis e bancários, agendas e outras anotações manuscritas que ainda não haviam sido analisadas pela Polícia Federal foram checados pelos procuradores da República, confirmando ainda mais os diversos crimes que culminaram com o desvio de cerca de 40 milhões de reais dos cofres públicos, além de apontarem para outros ilícitos que serão devidamente apurados pelo MPF/RS.

As sistemistas atuaram desde o início da contratação da Fatec pelo Detran. O confronto que se travou nos bastidores entre lobistas representantes de algumas das empresas subcontratadas, e ensejou a substituição da Fatec pela Fundae, assim como o uso de “laranjas” e a constituição de sociedades empresariais com finalidade única de apropriação indevida dos recursos públicos também estão sendo devidamente desvelados com a análise dos procuradores.

Nesse trabalho de apuração, o confronto das informações com parcela de dados bancários já consolidados é feita com utilização do mesmo sistema da Procuradoria-Geral da República que desvendou o mensalão no âmbito do Congresso Nacional. O exame das informações contidas nos computadores apreendidos e a análise da totalidade de contas bancárias movimentadas deverá demonstrar ainda melhor a dimensão dos crimes, segundo acreditam os Procuradores responsáveis pelo caso.

Somente após a conclusão desse trabalho de análise é que os procuradores da República dirão quem será processado e que não será, com o oferecimento da denúncia criminal e posterior condução da ação penal perante a Justiça Federal em Santa Maria/RS.

Os procuradores da República manifestam também plena concordância com as decisões judiciais que restringiram o acesso e o uso dos dados da investigação pela CPI instalada na Assembléia Legislativa. Embora seja de grande relevância a ciência da sociedade sobre as irregularidades, nesse momento o mais importante é preservar os dados sigilosos como forma de possibilitar maior efetividade na devida punição dos futuros denunciados, pois a divulgação pode ocasionar prejuízo à apuração federal, já bem encaminhada. Como divulgado anteriormente, tais informações serão em breve trazidas ao conhecimento público, em respeito ao direito da sociedade à informação.

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