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Após decidir caso no cara ou coroa, juiz é afastado do cargo

Um juiz que ordenou que uma mulher baixasse as calças e decidiu uma disputa de guarda ao tirar cara ou coroa foi afastado do cargo pela Corte Suprema da Virginia na sexta-feira.

Um juiz que ordenou que uma mulher baixasse as calças e decidiu uma disputa de guarda ao tirar cara ou coroa foi afastado do cargo pela Corte Suprema da Virginia na sexta-feira.

A decisão contra o juiz da Corte de Relações Domésticas e Juvenis, James Michael Shull, da cidade de Gate, foi unânime.

“A menos que nossos cidadãos possam confiar que os juízes vão resolver com justiça as disputas levadas às cortes e vão tratar todos os litigantes com dignidade, nossas cortes vão perder o respeito e a confiança do povo, dos quais depende nosso sistema legal”, escreveu a desembargadora Barbara Milano Keenan.

De acordo com a corte, Shull admitiu ter tirado cara ou coroa para determinar se o pai ou a mãe deveria ficar com uma criança no Natal. Shull afirmou que ele estava tentando incentivar os pais a decidirem a questão por conta própria, mas depois reconheceu que ele estava errado.

Os incidentes envolvendo baixar as calças, de acordo com a corte, “foram ainda mais rudes.” A corte afirmou que os mesmos ocorreram quando uma mulher estava tentando obter um mandado de proteção contra um parceiro que, segundo ela, havia a apunhalado na perna. Shull sabia que mulher tinha um histórico de problemas mentais e insistiu em ver a ferida, informou a corte.

A mulher baixou as calças uma vez para mostrar a ferida, depois as baixou novamente após Shull descer da tribuna para olhar o ferimento de perto a fim de determinar se a mulher havia recebido pontos.

Um funcionário da corte de justiça testemunhou diante da comissão que, após a audiência, ele perguntou a Shull: “Você viu o que aquela senhora estava vestindo?”. De acordo com o funcionário, Shull respondeu: “Sim, uma coisa rendada…. estava bonito, não estava?”

Shull negou ter feito esse comentário. Seu advogado, Russell V. Palmore, não retornou imediatamente uma ligação na sexta-feira (2).

Os desembargadores poderiam ter somente censurado Shull, mas eles ressaltaram que o juiz já havia comparecido diante da Comissão de Revisão e Investigação Judicial em 2004 por supostamente chamar um adolescente de “filhinho da mamãe” e de “fracote” e aconselhar uma mulher a se casar com seu namorado violento. Essa queixa foi retirada com uma advertência para Shull tomar a situação como uma experiência de aprendizado.

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