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Acusado de matar ministra sueca não quis matá-la, diz advogado

Começou nesta quarta-feira o julgamento pelo assassinato da ministra das Relações Exteriores sueca Anna Lindh, que foi esfaqueada em uma loja de Estocolmo, em setembro.

Começou nesta quarta-feira o julgamento pelo assassinato da ministra das Relações Exteriores sueca Anna Lindh, que foi esfaqueada em uma loja de Estocolmo, em setembro.

Mijailo Mijailovic, de 25 anos, confessou o crime na semana passada, quatro meses depois de ter sido preso.

No entanto, o advogado de defesa de Mijailovic afirmou que o seu cliente não teve intenção de matar Anna Lindh e que ele deveria enfrentar acusações de homicídio culposo e não doloso.

“Ele não teve a intenção de matá-la”, afirmou Peter Althin a um tribunal lotado, em Estocolmo.

Mijailovic, vestindo um pulôver preto e calças de agasalho, estava presente, ao lado do advogado, e de frente para o júri.

Atraso

O início do julgamento sofreu vários minutos de atraso por causa das rigorosas inspeções de segurança em todas as pessoas que disputaram o direito de assistir ao julgamento. Muitas chegaram a passar a noite na fila.

O julgamento também está sendo transmitido ao vivo pela televisão sueca e deve atrair uma audiência de milhões de pessoas.

Mijailovic, um sueco de origem sérvia, foi preso no dia 24 de setembro e inicialmente negou a autoria do assassinato.

No entanto, a polícia tem contra ele amostras de DNA encontradas na arma do crime.

Anna Lindh era uma das políticas mais populares da Suécia e era vista como uma potencial primeira-ministra do país.

Euro

A ministra era a principal líder pró-euro na Suécia e foi assassinada poucos dias antes do plebiscito em que a população acabou decidindo não fazer parte da zona do euro.

No entanto, a defesa de Mijailovic garante que o crime não teve fundo político.

Ela foi esfaqueada ao fazer compras em uma loja de departamentos em Estocolmo, no dia 10 de setembro de 2003.

Lindh morreu no dia seguinte, em um hospital, em decorrência dos ferimentos.

Esquizofrenia

Mijailovic vinha sendo tratado por esquizofrenia antes do ataque, e os seus advogados devem usar a sua saúde mental para diminuir a pena dele.

Na semana passada, ele confessou ter esfaqueado Anna Lindh depois de “ouvir Jesus lhe dar essa ordem”.

A acusação diz que Mijailovic tinha plena consciência dos seus atos e que a força usada no ataque indica a intenção de matar a ministra.

Se for condenado, ele pode ficar 15 anos na prisão, que é a pena máxima na Suécia.

O julgamento deve durar cerca de um mês, depois de uma avaliação psiquiátrica do réu.

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