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Justiça condena estado a pagar R$ 1,3 milhão por morte de diretora de presídio

A Justiça condenou o governo do estado a pagar R$ 1,3 milhão à família de Sidnéia Santos de Jesus. Ela foi morta na porta de casa, na Ilha do Governador, em 2000, quando ocupava o cargo de diretora de Bangu 1. Sidnéia era tida como linha dura por cortar regalias dos presos e apertar o cerco contra o uso de telefones celulares no presídio. Lá estavam presos traficantes como Fernandinho Beira-mar, Uê e Marcinho VP.

A Justiça condenou o governo do estado a pagar R$ 1,3 milhão à família de Sidnéia Santos de Jesus. Ela foi morta na porta de casa, na Ilha do Governador, em 2000, quando ocupava o cargo de diretora de Bangu 1.

Sidnéia era tida como linha dura por cortar regalias dos presos e apertar o cerco contra o uso de telefones celulares no presídio. Lá estavam presos traficantes como Fernandinho Beira-mar, Uê e Marcinho VP.

“Já na sentença de primeiro grau tivemos o reconhecimento de que o estado teve participação pela sua omissão, mesmo sabendo de um plano para matá-la. Ela chegou a solicitar seguranças, mas isso foi negligenciado”, disse o advogado da família Alexandre Barenco, que explicou que o valor ainda vai demorar a ser pago.

“Está em fase de precatórios, pode demorar até 2011 para ser feito o pagamento”, explicou. Procurado pelo G1, o governo do estado disse que não cabe mais recursos no processo e que irá pagar o valor determinado pela Justiça.

Segundo o advogado, em sua defesa, o estado alegou que Sidnéia ocupava uma posição de risco e que “não foi o estado que apertou o gatilho”. Ainda de acordo com Barenco, o inquérito policial que apura o assassinato ainda não foi encerrado.

Barenco diz ainda que o valor será dividido entre o filho único de Sidnéia e o espólio do pai dela, que faleceu no decorrer do processo.

Relembre o crime

Sidnéia tinha 46 anos quando foi morta em setembro de 2000 quando chegava em casa, na Ilha do Governador. Na época, testemunhas contaram que um carro preto permaneceu estacionado na rua até a chegada da diretora, que morreu com tiros na cabeça e no pescoço. A suspeita era de que traficantes presos em Bangu 1 e agentes penitenciários da unidade tivessem encomendado sua morte.

Considerada linha dura, chegou a cortar regalias no local e a comandar uma investigação sobre o envolvimento de advogados e carcereiros na entrada de armas, telefones e drogas na penitenciária.

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