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Como está o mercado do café no Brasil?

O ano de 2020 atingiu recorde na exportação; saiba como está o setor neste ano.

Não é nenhuma novidade que o Brasil é o maior produtor de café de todo o mundo e que sua força no mercado tem mais de um século. A cafeicultura compõe parte importante da economia brasileira e, não à toa, é pauta de uma extensa pesquisa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quatro vezes ao ano.

O terceiro levantamento do Acompanhamento da Safra Brasileira de Café de 2021, divulgado em setembro deste ano, traz uma série de dados e análises sobre a estimativa de área cultivada, de produtividade e de produção, além do calendário de colheita e da análise de mercado do café no país.

Para fazer a pesquisa, a Conab trabalha em parceria com órgãos governamentais dos estados produtores mais relevantes do país. Conheça os dados da produção cafeeira neste ano, a comparação com anos anteriores e outras informações expressivas para profissionais, investidores e interessados no tema.

Dados de 2021

Ainda falta pouco mais de dois meses para 2021 terminar, mas os resultados na exportação de café já são consideravelmente expressivos. De janeiro a agosto de 2021, o Brasil exportou aproximadamente 28 milhões de sacas de 60 kg em equivalentes de café-verde.

O resultado indica crescimento de 8,7% na exportação em relação ao mesmo período do ano passado. O surpreendente, no entanto, é que a exportação já havia batido um recorde em 2020, com aproximadamente 43,9 milhões de sacas. Dessa forma, 2021 indica o segundo recorde consecutivo na exportação antes mesmo do fim do ano.

Os principais destinos para o café brasileiro dentro deste período foram os Estados Unidos (19%), a Alemanha (17%), a Bélgica (7%), a Itália (6%) e o Japão (6%).

Cenário dos últimos anos

Com os dados de janeiro a agosto deste ano, a expectativa é que o volume total de exportação de 2021 bata os resultados dos últimos cinco anos.

Comparando os períodos dos oito primeiros meses do ano, 2016 teve 21,35 milhões de sacas exportadas. Em 2017, o número foi de 19,83 milhões. 2018 apontou 18,64 milhões de sacas para exportação; em 2019, houve um salto e o volume no período foi de 27,14 milhões; no ano passado, o número foi de 26,16 milhões. Este ano, por fim, o número foi de 28,45 até então.

Já no volume total, 2016 teve exportação de 34,4 milhões de sacas; 2017 apontou 31,30 milhões; em 2018, um pequeno aumento levou o total ao número de 34,34 milhões; o ano de 2019 registrou o total de 41,51 milhões de sacas exportadas; 2020, apesar da crise ocasionada pela pandemia de Covid-19, teve 43,90 milhões de sacas destinadas ao exterior.

Considerando a proporção entre os períodos (janeiro-agosto e ano completo), o mercado se mostra otimista de que haja um novo recorde na exportação total de sacas.

Preço e valores movimentados

As transações de exportação do café brasileiro somaram, de janeiro a agosto de 2021, cerca de US$ 3,8 bilhões. O valor corresponde ao crescimento de 15,2% em comparação ao mesmo período de 2020.

Com altas consecutivas desde novembro de 2020, o café arábica teve preço médio de 182,50 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de Nova Iorque durante o mês de agosto. O valor equivale a um aumento de 13,8% em comparação ao mês anterior.

Segundo o documento da Conab, a alta no preço do café arábica deriva principalmente da quebra da produção brasileira em 2021 e da estimativa de crescimento no consumo mundial entre 2021 e 2022, uma vez que muitos países têm avançado no controle da pandemia de COVID-19.

Razões para a alta e preocupações do mercado

De acordo com o documento da Conab, as exportações de café devem se manter em alta devido à valorização do café no mercado internacional, bem como à elevada taxa de câmbio no Brasil.

Contudo, produtores e outros interessados na exportação se preocupam com a colheita de 2022. O principal motivo para a inquietação são as condições climáticas deste ano, que trouxeram geadas e seca prolongada para as áreas produtivas.

Ainda, o nível bastante elevado das exportações de café intensifica a restrição da oferta feita ao mercado doméstico, resultando no aumento dos preços para os consumidores brasileiros.

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