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PF descobre fraude nos cartões corporativos do Ministério do Trabalho

A Polícia Federal (PF) realizou nesta sexta-feira uma operação de combate a fraudes e desvio de dinheiro público no uso do cartão corporativo pela cúpula do Ministério do Trabalho e Emprego em Rondônia. Seis servidores foram presos e suspensos da função pública, entre eles a superintendente regional da pasta no Estado, Ludma de Oliveira Correa Lima. Ela é filiada ao PDT, partido que acumula escândalos à frente do ministério.

A superintendente responderá pelos crimes de peculato e associação criminosa. A Operação Trama também teve objetivo de conduzir nove pessoas para depoimento e de cumprir dez mandados de busca e apreensão, em locais onde supostamente os cartões foram usados. Empresários e particulares foram alvos da PF, além dos servidores e gestores do ministério.

A investigação da PF apontou que os gastos da superintendência do pasta em Rondônia com o cartão corporativo, em 2013, foram cinco vezes superiores à média nacional. De acordo com o Portal da Transparência, os gastos da superintendência do Trabalho de Rondônia superaram 111.000 reais, enquando a média nacional fica abaixo dos 50.000 reais. Além de Rondônia, somente as delegacias do Trabalho em Mato Grosso (92.000 reais), Minas Gerais (77 000 reais) e Goiás (59.000 reais) tiveram despesas com cartão corporativo acima da média.

A PF diz que os servidores de Rondônia apresentavam notas de compras com valores redondos e acima do limite permitido. O dinheiro foi gasto em estabelecimentos comerciais de fachada – “desconhecidos e de localização duvidosa” e que tinham atividade econômica diferente dos bens e serviços contratados.

Os investigadores também afirmam que os servidores simularam viagens a trabalho para que houvesse o pagamento de diárias. Até os relatórios de trabalho das viagens foram forjados. Eles chegavam a inserir de forma “fraudulenta” os dados dos viajantes no Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP) do governo federal. Os policiais federais descobriram a fraude porque os servidores, que supostamente estariam viajando, ficavam no local de trabalho fixo, participavam de reuniões oficiais e assinavam documentos.

A PF também apura suspeita de fraude a licitações na Superintendência Regional do Trabalho em Rondônia.

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