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Servidora é presa por desvios no TRT de Brasília

“O que ela possuía estava muito acima do padrão de uma servidora pública"

Investigada pela Operação Perfídia, da Polícia Federal, Márcia de Fátima Pereira e Silva Vieira foi detida ontem em sua casa no Park Way. Segundo a PF, ela confessou ser a chefe de um esquema que roubou pelo menos R$ 5,5 milhões em indenizações liberadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O marido, a mãe e o irmão de Márcia de Fátima também estão na cadeia acusados de integrar a quadrilha. Mais 13 pessoas são suspeitas de participar do golpe, revelado pelo Correio. Com ordens judiciais falsas, Márcia ordenava que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal depositassem os valores pagos em contas que ela indicava. Os bens de todos os presos foram bloqueados, entre eles a mansão em que Márcia morava, avaliada em R$ 2,7 milhões. “O que ela possuía estava muito acima do padrão de uma servidora pública”, disse a delegada responsável pelo caso, Fernanda de Oliveira.

O inquérito da PF foi instalado em 9 de dezembro, depois que o Correio revelou o golpe. Márcia foi presa pela manhã com o marido na mansão em que morava no Park Way enquanto dormia. Segundo a PF, Márcia confessou a culpa e disse ser a comandante do esquema. Ela e os demais presos podem responder por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistemas de informática. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão.

Segundo a delegada, estão descartadas por enquanto a participação ou a anuência de outros funcionários do TRT. “No primeiro momento, avaliamos que ela agiu de forma isolada. Não identificamos nada que possa envolver outras pessoas do TRT”, esclarece. Os bens apreendidos, caso Márcia seja condenada, serão enviados para o tribunal para que ele decida a melhor forma de ressarcir as vítimas. “O que foi localizado no nome da quadrilha deve ser suficiente para ressarcir os prejudicados”, informou o delegado executivo da Polícia Federal Rodrigo Carneiro. Outras 13 pessoas, entre familiares e amigos de Márcia, estão sendo investigadas, mas, segundo Fernanda, o número de envolvidos pode passar de 20.

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