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Chefe de gabinete de Lula vira réu em ação sobre propina

Uma decisão da Justiça transforma em réu o PT e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho.

Uma decisão da Justiça traz de volta um fantasma que acompanha o PT e transforma em réu o partido e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. O assessor e o PT viraram réus num processo em que são acusados de participar de uma quadrilha que cobrava propina de empresas de transporte na Prefeitura de Santo André para desviar R$ 5,3 milhões dos cofres públicos. O esquema seria o precursor do mensalão petista no governo federal.
Na segunda-feira, a Justiça tomou uma decisão que abre de vez o processo contra os envolvidos. A juíza Ana Lúcia Xavier Goldman negou recursos protelatórios e confirmou despacho em que aceita denúncia contra Carvalho, o próprio partido, outras cinco pessoas e uma empresa. A juíza entendeu, no primeiro despacho, em 23 de julho deste ano, que há elementos suficientes para processá-los por terem, segundo a denúncia, montado um esquema de corrupção para abastecer o PT. “Há indícios bastantes que autorizam a apuração da verdade dos fatos por meio da ação de improbidade administrativa”, disse.
Segundo a ação, o hoje assessor de Lula transportava a propina para o comando do PT quando ocupava a Secretaria de Governo do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, que era um dos principais coordenadores da campanha presidencial de Lula e foi assassinado em janeiro de 2002 – supostamente porque não aceitou que parte da propina enriquecesse os envolvidos. O dinheiro, aponta a investigação, serviu para financiar campanhas municipais, regionais e nacionais do PT. Por isso, o partido também responderá ao processo. O Ministério Público quer que o petista e os demais acusados devolvam os recursos desviados e sejam condenados à perda dos direitos políticos por até dez anos.
[b]”Eu estou com a consciência absolutamente tranquila”

O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, disse ontem ao Estado que a Justiça de Santo André já enviou carta precatória à Justiça do Distrito Federal, mas que ele ainda não foi citado. “Meu advogado está preparando minha defesa”, disse Carvalho. [/b]
O homem de confiança do presidente Lula afirmou que já se manifestou sobre o caso publicamente várias vezes. “Já falei também por duas vezes a uma CPI e ao Ministério Público”, disse. “Eu estou com a consciência absolutamente tranquila.” Gilberto Carvalho foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos aberta no Senado em 2005.
O Estado procurou ontem o advogado do PT no caso, Luiz José Bueno de Aguiar. Deixou recado com a secretária, mas não houve resposta até o fechamento da edição.

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