seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Hospital é condenado a pagar R$ 200 mil a paciente que ficou tetraplégico

Segundo o TJ, após se submeter a um exame de cateterismo, Rossi ficou tetraplégico.

O Hospital do Coração (Hcor) de São Paulo foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio a pagar R$ 200 mil de indenização por danos morais ao paciente Sérgio Rossi, 67. Segundo o TJ, após se submeter a um exame de cateterismo, Rossi ficou tetraplégico.
Apesar do hospital ser de São Paulo, a ação foi movida no Rio porque Rossi mora em Teresópolis, na região serrana. A decisão da 6ª Câmara Cível foi unânime e modificou a sentença da 1ª Vara Cível de Petrópolis, que havia negado o pedido de indenização.
De acordo com o processo, Rossi se submeteu ao cateterismo em agosto de 2000. Durante o procedimento, apresentou elevação de pressão que deu origem a um quadro de hemorragia. Segundo laudo anexado ao processo, o avançar do cateter pode ter gerado pressão em sua artéria e alterado a circulação sanguínea.
“Em casos como este, em que se examina o erro médico, a prova pericial é de suma importância, haja vista que se discute procedimento médico específico, que, em regra, o julgador não é versado”, afirmou o relator da ação, desembargador Gilberto Rêgo.
Para Rêgo, o fato de o HCor não ter monitorado a pressão do paciente, deixado de ministrar medicamentos para conter o aumento da pressão e não ter informado os riscos da cirurgia contribuiu para agravar a situação.
“Note-se que o autor entrou, normalmente, no hospital, e, após o cateterismo, saiu de lá tetraplégico. Hospital de referência, diga-se. Mas a tetraplegia foi o seu resultado, após um já considerado procedimento simples”, escreveu no acórdão.
De acordo com a decisão, que o hospital pode recorrer, Rossi também receberá pensão mensal de R$ 3.000 (salário que ganhava antes do incidente) e terá seu tratamento pago pelo HCor.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ
STJ admite voto de ministro que não viu sustentação oral presencial
Pescadora artesanal consegue auxílio seguro-defeso não concedido pelo INSS