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Caso AfroReggae: Acusado será transferido de unidade carcerária

A juíza Simone de Faria Ferraz, da 16ª Vara Criminal da capital, determinou a transferência do ambulante Reginaldo Martins da Silva, o Renge, do presídio de Magé, no interior do Estado, para outra unidade carcerária.

 
A juíza Simone de Faria Ferraz, da 16ª Vara Criminal da capital, determinou a transferência do ambulante Reginaldo Martins da Silva, o Renge, do presídio de Magé, no interior do Estado, para outra unidade carcerária. Ele é um dos acusados da morte do coordenador do Grupo AfroReggae, Evandro João da Silva, juntamente com o ex-morador de rua Rui Mario Maurício de Azevedo, o Romarinho. Representados pela Defensoria Pública do Estado, os réus estiveram no Fórum Central do Rio nesta quinta-feira, dia 25, para audiência do processo que apura a morte de Evandro da Silva, na madrugada do dia 18 de outubro de 2009, na Rua do Carmo, no Centro do Rio.
 Segundo a defensora pública Laura Teles, Renge estaria sendo ameaçado de morte pelo Comando Vermelho, facção que domina a unidade carcerária de Magé. Ela explicou que a ONG, a qual a vítima era ligada, prestava serviços sociais para as comunidades dominadas pelo Comando Vermelho. “Transfira-se o preso Reginaldo da unidade prisional em que se encontra e cuide a SEAP para que o mesmo não se repita”, determinou a juíza Simone de Faria.
 A audiência de instrução e julgamento começou às 17h30 e foi encerrada às 22h25. Foram ouvidas 11 testemunhas de acusação, entre elas, os PMs Dennys Leonardo Nogueira Bizarro e Marcos de Oliveira Sales. Em seguida, a juíza interrogou os acusados. Eles negaram os fatos e disseram que não se lembravam mais do que falaram na Delegacia de Polícia.
 Testemunha desiste do Programa de Proteção
O depoimento de destaque foi do ex-morador de rua e atualmente catador de papel, Cleber de Albuquerque Rodrigues, também conhecido como Bigode. Após identificar os acusados na sala de reconhecimento, ele disse que estava com medo de ser morto por amigos de Romarinho. Ele declarou que foi levado à Delegacia de Polícia para depor porque os acusados foram presos no seu posto de serviço. Ainda de acordo com o catador de papel, na DP Renge e Romarinho teriam dito que eram seus ajudantes.
Cleber de Albuquerque prestou depoimento sem a presença dos réus e disse que quer sair do Rio porque um amigo de Romarinho, chamado Cacá, o procurou afirmando que ele havia prejudicado o acusado e que este iria matá-lo. A pedido do Ministério Público estadual, a juíza Simone de Faria Ferraz determinou a inclusão do catador de papel no Programa de Proteção à Testemunha, sendo ele encaminhado ao Cartório da 16ª Vara Criminal a fim de que aguardasse a chegada dos seguranças do Tribunal de Justiça. Entretanto, logo em seguida, a testemunha disse à juíza que, por sua conta e risco, gostaria de deixar as dependências do Fórum, sem sua inserção no programa.
Em seu depoimento, o catador de papel contou que, na noite do crime, Romarinho e Renge apareceram no seu posto de serviço portando uma arma. Dois dias depois, eles teriam retornado ao local e teriam comentado que haviam praticado um assalto e que “calharam de ter matado um rapaz que reagiu”.
Também prestaram depoimentos o irmão do coordenador do AfroReggae, Erisson João da Silva, o segurança Rodrigo Luz de Carvalho, que trabalhava nas imediações; Cid Ayres de Miranda, proprietário da arma usada no crime, roubada em dezembro de 2008, e amigos da vítima. Romarinho e Renge são acusados de latrocínio (roubo seguido de morte). Ainda foram exibidas na audiência imagens da noite do crime, captadas pelas câmeras dos estabelecimentos comerciais localizados nas imediações da Rua do Carmo. Ao final da audiência, o MP e as defensoras públicas requereram a apresentação de memoriais por escrito, o que foi deferido pelo prazo de 5 dias, iniciando-se pelo Ministério Público.
Processo de PMs está na Auditoria da Justiça Militar
Os policiais militares Dennys Leonardo Nogueira Bizarro e Marcos de Oliveira Sales, também envolvidos na morte do coordenador, foram presos e denunciados pelos crimes de furto, prevaricação e falsidade ideológica. Eles deixaram de socorrer a vítima e prender os acusados, ficando inclusive com os pertences do coordenador. O processo tramita na Auditoria da Justiça Militar.
No dia 17 de dezembro passado, o Conselho Especial de Justiça da Polícia Militar do Rio de Janeiro, deferiu pedido de liberdade provisória da defesa e revogou, por unanimidade de votos, a prisão preventiva dos policiais. Na ocasião, foi encerrada a fase de instrução probatória com os depoimentos das testemunhas finais do processo: cinco de defesa e três arroladas pelo juízo. O Ministério Público estadual opinou favoravelmente ao pedido.
 

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