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Câmara investiga golpe do vale-transporte

Na hora em que direção da Casa apertou o cerco, coincidentemente 48 funcionários “se mudaram” de Formosa para Brasília. Quando “moravam longe”, eles ganhavam R$ 480 de benefício

Em meio à investigação sobre o golpe da creche e do vale-transporte, a Câmara publicou um alerta aos servidores na intranet da Casa. O aviso destacava que, caso os servidores indicassem endereços falsos para obterem um valor maior de auxílio-transporte no contracheque, isso os levaria à prática de falsidade ideológica.
 
Motivados por isso ou não, nada menos que 48 funcionários da Casa “se mudaram” na sequência de Formosa, distante 80 km do Congresso Nacional, para Brasília. Antes do aviso da intranet, havia 83 funcionários que declaravam morar em Formosa, o que lhes valia um acréscimo de R$ 480 no contracheque, o maior beneficio pago, a título de vale-transporte. Com a publicação do aviso e as investigações de fraude da Polícia Legislativa – que identificou uma quadrilha que falsificava inclusive comprovantes de endereço -, esse número baixou para 35.
 
Os policiais ainda acreditam que somente algumas dessas 36 pessoas realmente morem em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A passagem de ônibus da capital para a cidade goiana custa R$ 12,40.
Entenda a arquitetura do golpe da creche
O tamanho do golpe é significativo. O vale-transporte dos 83 servidores custa à Câmara R$ 478 mil por ano. Se, por exemplo, todos os 48 servidores mudarassem seus endereços para Brasília, isso significaria que a Casa só teria de pagar R$ 46 mil por ano – uma economia de nada menos que R$ 432 mil.
 

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