O conselheiro Jefferson Kravchychyn, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi barrado ao tentar entrar para conhecer as instalações do Fórum Cível da capital paraense. Ao chegar ao prédio do Fórum o representante da OAB no Conselho não se identificou como membro do controle externo do Judiciário e sim como advogado. Imediatamente, o segurança afirmou que tinha ordem expressas da direção do Tribunal para revistar todos os advogados. O membro do CNJ qualificou como “discriminatória” a forma como os advogados são tratados no Fórum de Belém porque juízes e membros do Ministério Público não sofrem o mesmo tipo de procedimento.
Para Kravchychyn, o acesso dos advogados a processos e mesmo aos prédios onde funciona o Poder Judiciário deveria ser facilitado, assim como acontece com magistrados e promotores. “Não estamos questionando o mérito do trabalho do Judiciário, mas sim a forma como esse trabalho vem sendo realizado”. Segundo ele, frequentemente o CNJ faz visitas aos diversos Estados do país a fim de conhecer a realidade do Poder Judiciário em cada um deles. Esse tipo de procedimento é importante para, de acordo com o conselheiro, chegar a uma padronização das normas.