Os opositores do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), investigado pela Polícia Federal por comandar um esquema de corrupção e propina, querem agilizar nesta semana a vinda do ex-secretário do DF Durval Barbosa para depor na CPI do Mensalão. A intenção é que o delator do esquema possa comparecer à comissão parlamentar de inquérito já na próxima quinta-feira (21).
Durval é o responsável pelas gravações dos vídeos que detonaram o esquema de corrupção no Distrito Federal. É a principal testemunha e colaborador do Ministério Público e da Polícia Federal. A aposta é que Durval dê novos detalhes comprometedores do esquema, e acabe, assim, enfraquecendo a estratégia de proteção a Arruda organizada por sua base.
As denúncias de Durval deram origem às investigações da Operação Caixa de Pandora. Entre os investigados, está o governador Arruda, o vice-governador do DF, Paulo Octávio (DEM), e o presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Leonardo Prudente (sem partido), que ficou conhecido por colocar dinheiro de propina na meia.
Prudente e outros deputados investigados pela Operação Caixa de Pandora têm barrado as investigações contra Arruda na Câmara Legislativa. O órgão é responsável por analisar os pedidos de impeachment contra o governador do DF.
Na terça-feira (19), deputados distritais do PT, partido de oposição a Arruda, vão se reunir com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para discutir os meios para trazer Durval à CPI. Durval está protegido pelo Programa de Proteção às Testemunhas e, provavelmente, terá que ser ouvido nas dependências da PF.