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Empresas de deputados da lista do caixa 2 ganharam contratos no DF

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O “mensalão do DEM” em Brasília vai além de pagamentos mensais a deputados aliados do governador José Roberto Arruda (DEM). Há indícios de que empresas de parlamentares, que constam da contabilidade clandestina da campanha de 2006, abasteceram o caixa 2 de Arruda em troca de contratos, alguns sem licitação, com o governo do Distrito Federal. Na planilha da arrecadação ilícita, revelada ontem pelo Estado, há relação de empresas que teriam contribuído com o caixa 2 de Arruda.
O documento escrito pelo presidente do PSDB-DF, Márcio Machado, menciona, por exemplo, R$ 650 mil doados pela Fiança, do ramo de terceirização de mão de obra de segurança e serviços gerais. A Fiança, que pertence aos pais do deputado Cristiano Araújo (PTB), não aparece na prestação de contas oficial da campanha de Arruda. A empresa recebeu, desde 2007, R$ 240 milhões do governo do DF, sendo que ao menos R$ 60 milhões são oriundos de contratos sem licitação, segundo levantamento feito ontem, a pedido do Estado, pela assessoria do deputado distrital Chico Leite (PT) no sistema de despesas do governo.
A planilha do caixa 2 da campanha de Arruda traz ainda duas empresas ligadas à deputada Eliana Pedrosa, secretária de Desenvolvimento Social do governo: a Dinâmica e a Esparta. O nome Dinâmica, de acordo com o manuscrito de 2006, é mencionado com o valor de R$ 100 mil ao lado. Uma empresa com o mesmo nome, que tem uma irmã de Eliana Pedrosa como dona, fechou contrato para cuidar do metrô de Brasília. E obteve do governo Arruda, em 2008, a prorrogação de um contrato no valor de R$ 7 milhões.
A Esparta é do filho de Eliana, André Pedrosa, e atua no ramo de segurança. Segundo a contabilidade informal da campanha de Arruda, teria ajudado com R$ 50 mil na eleição. A Esparta acaba de fechar um contrato emergencial, sem licitação, com o governo do Distrito Federal. Uma nota de empenho de R$ 4,8 milhões foi emitida no dia 29 de outubro com a menção “dispensa de licitação” no documento. Uma semana depois, R$ 1,3 milhão foram depositados na conta da empresa.

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